(...)
«E eu oiço a Noite imensa soluçar!
E eu oiço soluçar a Noite escura!
Porque és assim tão escura, assim tão
[triste?!
É que, talvez, ó Noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!
Saudade que eu nem sei donde me vem...
Talvez de ti, ó Noite!...Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!»
Florbela Espanca. Antologia da Poesia Feminina Portuguesa - António Salvado., p. 162