''O sistema capitalista mudou o registro da exploração
estranha para a exploração própria, a fim de acelerar o processo. […] Hoje, vivemos numa época pós-marxista. No
regime neoliberal a exploração tem lugar não mais como
alienação e autodesrealização, mas como liberdade e autorrealização. Aqui não entra o outro como explorador,
que me obriga a trabalhar e me explora. Ao contrário, eu
próprio exploro a mim mesmo de boa vontade na fé de
que possa me realizar. E me realizo na direção da morte.
Otimizo a mim mesmo para a morte (pp. 105 e 116).''
Han, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. 2 ed. ampl. Petrópolis, Vozes, 2017. 128 pp.
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