«O Deus do outro lado, do lado inacessível, o Deus que escapa à criação, à revelação, à
comunicação. Esse Deus basta-se a si mesmo, basta-se a Si mesmo com a sua Palavra: é o
Deus metadialogal; não necessita de nenhum interlocutor, nem para dirigir a Palavra nem
para ouvir dele uma resposta. É o Deus sem eco, sem véspera e sem manhã; é o Deus do
silêncio absoluto. O facto teológico grave, que enfrentamos agora, é que esse Deus do
Silêncio absoluto se obstina em falar, ainda que fosse por meio desse Silêncio; que esse
Deus metadialogal provoca o homem e o provoca ao diálogo; que esse Deus sem eco, sem
véspera e sem manhã, impõe a sua intolerável presença no instante, hic et nunc»
NEHER – El exilio de la palabra, p. 136.
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