«A indiferença, a ambiguidade e a neutralidade de uma noite e uma morte cujo silêncio
pode ser degustado pelo próprio homem como um copo de champanhe ou como um copo
de cicuta. E é também isto que nos parece sugerir quando, ao lado da noite e da morte, [a
bíblia] coloca, como categorias do silêncio, os elementos mais característicos da
negatividade, os temas que a consciência humana vincula de forma privilegiada a noção de nada: o inferno, o mal, o demónio, todos os sem boca, ou, possuindo boca, não sabem falar,
ou ainda, se falam, devem contar com que a sua palavra seja amordaçada».
NEHER – El exilio de la palabra, p. 40.
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