terça-feira, 12 de abril de 2011

CENA V: TESEU, PÂNOPE

PÂNOPE

Ignoro o que a rainha a projectar medita,
Senhor. Mas temo bem a exaltação que a agita.
Desespero mortal se pinta em sua tez
e seu rosto já tem da morte a palidez.
Já da presença dela expulsa, e infamada,
Enone ao fundo do mar se atirou, desvairada.
Desígnio tão febril não sei como lhe veio
e a levam para sempre as ondas no seu seio.


Jean Racine. Fedra. Trad. Vasco Graça Moura. Bertrand Editora, Chiado, 2005, p. 153

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