domingo, 14 de janeiro de 2018
ironia histórica
“Em
1986, ´Ano da Paz` das Nações Unidas, foram gastos 900 mil
milhões de dólares em armamento. Isso significa que por
minuto são gastos 1,7 milhões em armas e equipamentos
militares e repressivos. 100 milhões de pessoas trabalham em
fábricas de armas por todo o mundo.”
“Quando era criança, a guerra ainda era vista como a única acção de assassínio em massa legítima e aprovada pela lei. Hoje, não é necessária uma guerra para que se dê uma acção de assassínio em massa a uma escala muito maior. Mas os donos do poder não fazem nada contra o perigo total, pelo contrário, fazem tudo o que é possível para aumentá-lo ainda mais. Continuam a construir novas centrais nucleares e não desviam os milhares de milhões de dólares, que se gastam para subvencionar a indústria atómica, no sentido de desenvolver soluções alternativas. Para além disso, continuam a ser solidários com uma potência mundial incontrolável que se continua a preparar para uma guerra atómica. Os potenciais assassinos não estão entre nós, encontram-se, sim, sobre nós, pela simples razão de que milhões de carneiros continuam a votar neles, divididos em social-cristãos, liberais e socialdemocratas.''
Historiador e ensaísta Erich Kuby
''Para Anders, os estádios até ao fim da humanidade, começados com Auschwitz (a destruição sistemática e anónima do ser humano), com Hiroshima (quando o ser humano se apercebeu de que só bastava apertar um botão), completam-se com Chernobyl (nome representativo para Harrisburg e para todas as outras catástrofes ecológicas da última década), onde o homem perde o domínio sobre o poder-violência e se auto-aniquila num holocausto de irracionalidade, de estupidez obstinada e de ganância.''
“Se me perguntarem em que dia me envergonhei absolutamente, responderei: nesta tarde de verão quando em Auschwitz estive perante os montes de óculos, de sapatos, de dentaduras postiças, de molhos de cabelos humanos, de malas sem dono. Porque os meus óculos, os meus dentes, os meus sapatos, a minha mala também deveriam estar ali. Sim, senti-me – já que não tinha estado preso em Auschwitz porque me tinha salvo por acaso – um desertor.”
Günther
Anders
“Há escritores com uma obra tão reverberante que cega. Há existências tão intensas e complexas que o princípio-chave para as entender só pode ser o da contradição que as informa”, escreveu João Barrento sobre Jünger.
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João Barrento
sábado, 13 de janeiro de 2018
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
« O feminismo não é a luta das mulheres contra os homens: é a luta das mulheres pela sua autodeterminação; é o processo de libertação de uma cultura subjugada; é a conquista que do espaço social e político onde ser mulher tenha lugar».
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Maria de Lourdes Pintasilgo
''Ao afirmar "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher", Simone de Beauvoir abre caminho à teorização das relações sociais de sexo e da opressão da mulher em função do determinismo biológico, no qual a mulher é relegada para um papel de subalternidade e vista como um segundo sexo.
A tomada de consciência dos mecanismos sociais na reprodução de estereótipos de género, no que é suposto “ser ou fazer” em função do determinismo biológico, e assente numa visão dicotómica homem/mulher ainda está muito presente na nossa sociedade.
Em pleno século XXI as mulheres ainda continuam a ser vistas como um segundo sexo.''
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Simone de Beauvoir
“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.”
SIMONE DE BEAUVOIR (1908-1986)
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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
«(...) Se quereis
Que eu ame ainda, devolvei-me
O tempo do amor. É-vos possível?
Impossível como aplacar o fantasma que de mim evocastes.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 266
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«Não sintas a falta de um destino mais fácil,»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 265
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«Fazendo o bem e o mal sem pretendê-lo, »
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 263
«A odiar então aprendeste o amor que não sabe
Arder anónimo sem recompensa alguma.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 262
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versos soltos
(...)
«Sob a carne vestida, o dorido fantasma
A quem a oração dos outros nunca acalma
A amargura de ter vivido inutilmente.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 261
«Sob a carne vestida, o dorido fantasma
A quem a oração dos outros nunca acalma
A amargura de ter vivido inutilmente.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 261
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«Mortos que já não são mais que a imensa morte anónima,»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 259
''Minha casa desfeita, minha via afadigada, (...)''
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 258
«Pela minha dor entendo que imensos outros sofrem,»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 25
domingo, 7 de janeiro de 2018
A LARRA COM UMAS VIOLETAS
(1837-1937)
Ainda se queixa vagamente sua alma,
O escuro vazio da sua vida.
Mas não podem pesar sobre essa sombra
Algumas violetas,
E é grato assim deixá-las,
Frescas entre a névoa,
Com a alegria de uma pequena coisa pura
Que resgatasse aquela dor antiga.
Quem fala já aos mortos
Mudo o encontram os que vivem.
Neste silêncio, onde o medo impera,
Colher essas flores uma por uma
Breve consolo foi para estes dias
Cuja pegada sangrenta se abre nas espáduas
Carregadas pelo ódio com uma pedra inútil.
Se a morte apazigua
Tua boca amarga de Deus insatisfeita,
Aceita uma oferta tão leve, sombra sentimental,
Nessa paz que sob a terra te esperava,
Brotando em erva, vento e luz silvestres,
O fiel e último encanto de estar só.
Curado de viver, sorri por uma vez,
Pálido rosto de paixão e tédio.
Olha as velhas ruas que percorreste, errante,
O lampião azulado que te guiou, carne hirta,
Ao regressares do baile ou do torpe jornal,
E as fontes de mármore entre palmeiras:
Águas e folhas, bálsamo dos tristes.
A terra foi medida pelos homens,
Com suas casas estreitas e sórdidos casais,
Sua corrupta opinião pública e suas revoluções
Mais cruéis e injustas do que as leis,
Com um imenso bocejo demoníaco;
Nela não há lugar para o homem solidário,
Filho nu e deslumbrante do divino pensamento.
E a nossa madrasta - olha-a, hoje, desfeita -,
Miserável e bela entre os pardos sepulcros
Dos que como tu, nascidos em sua estepe,
Viram enquanto vivos morrer sua esperança,
E então gritaram, sumidos pelas trevas,
Aos irmãos irrisórios que nunca os executaram.
Escrever em Espanha não é chorar, é morrer,
Porque morre a inspiração envolta em fumo,
Quando sua chama livre não procura o espaço.
Assim, quando o amor, o tenro monstro loiro,
Voltou contra ti tantas ternuras vãs,
Tua mão abriu com um tiro, enorme e rubra, a morte.
Livre e tranquilo ficaste enfim, um dia,
Mas tua voz sem ti abriu um acento inapagável.
É breve a palavra como o canto de um pássaro,
Mas um claro estandarte pode prender-se nela
De embriaguez, paixão, beleza fugitivas,
E subir, anjo vigilante que testemunha do homem,
Além, à região celeste e impassível.
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 255/6
Ainda se queixa vagamente sua alma,
O escuro vazio da sua vida.
Mas não podem pesar sobre essa sombra
Algumas violetas,
E é grato assim deixá-las,
Frescas entre a névoa,
Com a alegria de uma pequena coisa pura
Que resgatasse aquela dor antiga.
Quem fala já aos mortos
Mudo o encontram os que vivem.
Neste silêncio, onde o medo impera,
Colher essas flores uma por uma
Breve consolo foi para estes dias
Cuja pegada sangrenta se abre nas espáduas
Carregadas pelo ódio com uma pedra inútil.
Se a morte apazigua
Tua boca amarga de Deus insatisfeita,
Aceita uma oferta tão leve, sombra sentimental,
Nessa paz que sob a terra te esperava,
Brotando em erva, vento e luz silvestres,
O fiel e último encanto de estar só.
Curado de viver, sorri por uma vez,
Pálido rosto de paixão e tédio.
Olha as velhas ruas que percorreste, errante,
O lampião azulado que te guiou, carne hirta,
Ao regressares do baile ou do torpe jornal,
E as fontes de mármore entre palmeiras:
Águas e folhas, bálsamo dos tristes.
A terra foi medida pelos homens,
Com suas casas estreitas e sórdidos casais,
Sua corrupta opinião pública e suas revoluções
Mais cruéis e injustas do que as leis,
Com um imenso bocejo demoníaco;
Nela não há lugar para o homem solidário,
Filho nu e deslumbrante do divino pensamento.
E a nossa madrasta - olha-a, hoje, desfeita -,
Miserável e bela entre os pardos sepulcros
Dos que como tu, nascidos em sua estepe,
Viram enquanto vivos morrer sua esperança,
E então gritaram, sumidos pelas trevas,
Aos irmãos irrisórios que nunca os executaram.
Escrever em Espanha não é chorar, é morrer,
Porque morre a inspiração envolta em fumo,
Quando sua chama livre não procura o espaço.
Assim, quando o amor, o tenro monstro loiro,
Voltou contra ti tantas ternuras vãs,
Tua mão abriu com um tiro, enorme e rubra, a morte.
Livre e tranquilo ficaste enfim, um dia,
Mas tua voz sem ti abriu um acento inapagável.
É breve a palavra como o canto de um pássaro,
Mas um claro estandarte pode prender-se nela
De embriaguez, paixão, beleza fugitivas,
E subir, anjo vigilante que testemunha do homem,
Além, à região celeste e impassível.
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 255/6
«Submetendo a sua vida a outra vida.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 254
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verso solto
(...)
«Tu justificas minha existência:
Se não te conheço, não vivi jamais;
Se morro sem conhecer-te, não morro, porque não vivi nunca.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 253
«Tu justificas minha existência:
Se não te conheço, não vivi jamais;
Se morro sem conhecer-te, não morro, porque não vivi nunca.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 253
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«Se o homem pudesse dizer o que ama,»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 253
(...)
«Entre ossos a angústia abre caminho,
Ergue-se pelas veias
Até abrir na pele
Jorros de sonho
Feitos carne interrogando os sonhos.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 252
«Entre ossos a angústia abre caminho,
Ergue-se pelas veias
Até abrir na pele
Jorros de sonho
Feitos carne interrogando os sonhos.»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 252
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«Que ruído tão triste o que fazem dois corpos quando se amam,»
Luis Cernuda. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 251
«(...) bates em teu medo, tornas-te mínimo em teu interior...»
Emilio Prados. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 247
sábado, 6 de janeiro de 2018
(Vazio é o sangue da minha carne aberta.)
Emilio Prados. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 245
(É meu edifício a solidão que eu adormeço.)
Emilio Prados. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 245
''o sabor dos rios''
Emilio Prados. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 240
«Se hei-de morrer, já é morte»
Emilio Prados. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 239
«E o rio flui e flui, indiferente.»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 229
(...)
«Ah, louco, eu, louco, queria saber o que eras, quem eras.
(género, espécie)
e o que eram, que significavam «fluir», «fluido», «fluente»;
que instante era o teu instante;
qual dos teus mil reflexos, o teu reflexo absoluto;
queria indagar o último recinto da tua vida:
tua unicidade, essa alma de água única»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 229
«Ah, louco, eu, louco, queria saber o que eras, quem eras.
(género, espécie)
e o que eram, que significavam «fluir», «fluido», «fluente»;
que instante era o teu instante;
qual dos teus mil reflexos, o teu reflexo absoluto;
queria indagar o último recinto da tua vida:
tua unicidade, essa alma de água única»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 229
«(...) como se com o arrancar do comboio lhe arrancassem a alma,»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 225
(...)
«E passo longas horas perguntando a Deus, perguntando-lhe por que apodrece
[lentamente minha alma,»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 223
«E passo longas horas perguntando a Deus, perguntando-lhe por que apodrece
[lentamente minha alma,»
Dámaso Alonso. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 223
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ipseidade
ip.sei.da.de
ipsɐjˈdad(ə)
nome feminino
FILOSOFIA carácter daquele que é ele próprio, do existente humanoconsiderado como existência singular concreta; o próprio homem como existência
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significados
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
(...)
« Ninguém dorme no mundo. Ninguém, ninguém.
Não dorme ninguém.
Há um morto no cemitério mais longínquo
que se queixa há três anos
porque tem uma paisagem seca no joelho
e o menino que enterraram esta manhã chorava tanto
que foi preciso chamar os cães para calá-lo.»
Frederico García Lorca. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 208
« Ninguém dorme no mundo. Ninguém, ninguém.
Não dorme ninguém.
Há um morto no cemitério mais longínquo
que se queixa há três anos
porque tem uma paisagem seca no joelho
e o menino que enterraram esta manhã chorava tanto
que foi preciso chamar os cães para calá-lo.»
Frederico García Lorca. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 208
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«Ninguém dorme no céu. Ninguém, ninguém.»
Frederico Garcia Lorca. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 208
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verso solto
« Se doem tuas entranhas de entranhável »
Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 200
«Está tão triste tudo o que viveste:»
Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 199
primícias
pri.mí.ci.as
priˈmisjɐʃ
nome feminino plural
1.
primeiros frutos da terra em cada ciclo vegetativo
2.
primeiros produtos de um rebanho
3.
figurado primeiras produções
4.
figurado primeiros efeitos
5.
figurado primeiras vantagens
6.
figurado começos
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significados
«(...); olha a minha lágrima
a beijar-te;»
Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 187
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vicente Aleixandre
(...)
«Assim solucei sobre o mundo,
Que luz lívida, que espectral vazio vigilante,
que ausência de Deus sobre a minha cabeça derrubada
vigiava sem limites meu corpo convulso?
Oh mãe, mãe, só em teus braços sinto
minha miséria! Só em teu seio martirizado por meu pranto
rendo o meu vulto, só em ti me destruo.»
Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 186
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