Clepsidra

 

  "Antes que o fio de prata se rompa e a roldana rebente no poço Antes de tudo isto Põe uma escada e sobe ao cimo do que vês (p.161)&qu...

Todas as minhas fontes vêm de ti As nascentes E amo-te com a constância do moribundo que respira Já sem saber de que lado o visita a morte ...

DANIEL FARIA

“[...] // Repito a corrida na memória quando estou parado / Penso velozmente que o amor, como A poesia, é um estado / De locomoção. É um mot...

Poderia ter escrito a tremer de respirares tão longe Ter escrito com o sangue. Também poderia ter escrito as visões Se os olhos divididos em...

OFÍCIO DE VÉSPERAS "Devo ser o último tempo A chuva definitiva sobre o último animal nos pastos O cadáver onde a aranha dcide o círculo...

  Foram pétalas Ou olhos de deusas O que calquei?   Não Não digam   Eu sei Que foram sonhos       Daniel Faria . ...

  Fosses tu uma ave ou uma folha E o Outono te viria desprender       Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Qu...

Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves Não é o serem atingidas, mas que, Uma vez atingidas, O caçador não repare na sua qu...

  O que dói É não poder apagar a tua existência e repetir dia após dia os mesmos gestos   O que dói é o teu nome que ficou com...

Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 359

  Prometo-te a palma da minha mão para a escrita. Cerca-a de magnólias, cerca-me. Podes fechar a escrita No interior da mão ou na boc...

Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 312

A mulher muitas vezes avança   A mulher muitas vezes caminha pela borda Do vestido. Pudesse tocar A fímbria ou a franja de toda a ...

Daniel Faria . Poesia. Edição de Vera Vouga. Editora Quasi., p. 307