Clepsidra

b. aprende a falar — diz a rosa: escreve de noite e que o meu múltiplo sol te guie inúmeros os caminhos. põe-te numa sala com a luz apaga...

da rosa vermelha à rosa negra   dois sóis trabalham dia e noite a fulgurante incandescência       Manuel Gusmão. Dois ...

a queda amo- rosa, de onde foi olhada   um «milhão de pássaros» em fogo passando pelo buraco de uma agulha, a rosa no écr...

no centro da rosa o gelo reflecte exaltado a galeria em chamas que o rodeia     Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectu...

em suas muralhas a rosa fecha o olhar delas se despenha. a elas sobe.   como se quisesse atingir um sol que intermitente, centro de si...

Manuel Gusmão. Dois sóis, A rosa. A arquitectura do mundo . Editorial Caminho, Lisboa,  2ª Edição, 1990., p. 44

Talvez só se possa ser realista lendo activamente o aforismo de Novalis : «a poesia é o real absoluto». E insistindo depois disso que o real...