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sábado, 19 de abril de 2014

protegida pela sua solidão

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    «Vira-a apenas a ela. Reconhecera as longas pernas queimadas pelo sol, o sorriso a nascer e a morrer na doçura profunda, aquela maneira ...

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    «Você já não me amava, nessa altura. De certo, você nunca me amou. Você pensava abandonar-me, era para si uma questão de dinheiro, de ga...

«Eu disse-lhe que o amava. Você nunca respondia a essa espécie de insânia.»

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Marguerite Duras .  Emily L . Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 150

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    «Olho para si. Você pergunta-me o que se passa, sempre algo alarmado quando eu o olho. Eu digo-lhe que não se passa nada, que olhava par...

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    «Esqueci as palavras adequadas. Sabia-as e esqueci-as, e aqui falo-lhe com o esquecimento dessas palavras. Contrariamente a todas as ap...

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    «Ele não procura saber onde encontrá-la. Nem pensa ir encontrar-se com ela. Quer ficar só, para saber, para pensar nela, para amá-la.» ...

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    «Ela aproxima-se dele, pousa os lábios nos seus olhos fechados. Ela diz:        -Gostava muito de ficar aqui consigo até à noite.     ...

«Ela quer morrer. That's the point.É isso que ela quer, um capricho como outro qualquer.»

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Marguerite Duras .  Emily L . Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 112

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    «Ele, o Captain, olha para ela a cada instante; ela não, já não olha para ninguém. Ele, na realidade, não a larga dos olhos, nunca. Ama...
quarta-feira, 16 de abril de 2014

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 « - Ele não quer que ela morra, ele proíbe-a de morrer, de certo modo, pelo facto de não querer a morte dela na vida dele, isso não, nunca....

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«Fica muito tempo com os olhos baixos, depois, subitamente, olha-a demoradamente como faríamos perante uma paisagem perturbadora e inalcançá...

«Tão sós estavam no mundo, que já nada sabiam da solidão.»

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Marguerite Duras .  Emily L . Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 95
terça-feira, 15 de abril de 2014

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«Era preciso proteger aquela criança contra si mesma, contra aquela obscuridade que, a seu ver, era tão legível que ela a confundia com a su...

Uma luz de um amarelo de iodo, sangrenta.

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Marguerite Duras .  Emily L . Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 74/5

She's always changing her mind...

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«O Captain não queria ouvir falar dessas coisas. Deixava-a sem a ouvir. Não queria saber nada para além das generalidades. Recusava-se a ent...

Ela voltara a olhar para o chão, com vergonha de ter de morrer.

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Marguerite Duras .  Emily L . Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 71

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 «-Estou-me completamente nas tintas  para o que você escreve, isso é lá consigo.    -Sim, é comigo, só comigo. Seja como for, farei o que ...

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« - O que me impede de escrever, é você. Você é muito infeliz por isso. Porque não escreve. Você não escreve porque sabe tudo acerca dessa c...

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«Não percebo bem o que quer saber de mim. Eu digo o que sei, que certas histórias são inapreensíveis, que são feitas de estados sucessivos s...