sábado, 23 de novembro de 2024

ADÍLIA LOPES

 Chamo-me Adília Lopes
sou a casa-insecto
a mulher-osga
uma colher transformada em faca 
para minúsculos riscos
sou uma constante cosmológica
de acelerar galáxias
um telegrama sinfónico
na ausência de tudo

sou a verdade que prefere não sair 
do bairro

 José Tolentino Mendonça. A Noite Abre Meus Olhos. 4ª Edição, Assírio&Alvim, Porto, 2021. p. 278

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