Fernanda de Castro, no livro, "África Raiz" (1966):
África, no teu corpo rugem feras, uivam fomes e medos ancestrais, no teu sangue há marés, na tua pele há dardos e punhais.
Ventre de Continentes, és mater e matriz.
Ásia é semente, Europa é flor, outros serão essência ou tronco, tu, África, és raiz.
[...]
O África dos dias incendiados, o veneno do sol que te envenena é que te faz assim, bárbara, impura, sanguinária e morena.
Mas tão pura, tão cândida também!
Ó África madrasta, África Mãe! [pp. 9, 99]
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