quarta-feira, 28 de agosto de 2024

 Do seio da noite arqueada
Taciturno sorvo o leite negro
De tudo o que se perdeu.
Ajoelho-me sob o peso da tua mão
E aguardo o sinal para que a minha
Se mova sem hesitação
Para arquear um novo céu.
Tenho um desejo insular
Por mundos invisíveis.


Tomás Sottomayor. Auberge Ravoux. Edições Língua Morta, 2021., p. 39

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