''Eu não via mais minha mãe. A trança ainda queimava. O quarto estava cheio de fumaça. Eles mataram você, disse minha mãe. Nós não nos enxergávamos mais de tanta fumaça que havia no quarto. Eu ouvia seus passos perto de mim. Tateava por ela com os braços esticados. De repente ela enganchou sua mão magra em meu cabelo. Sacudia minha cabeça. Eu gritava. Arregalei os olhos. O quarto girava. Eu estava deitada numa esfera de flores brancas despetaladas e estava presa. Então tive a sensação de que a casa caía e se esfarelava no chão. O despertador tocou. Era sábado de manhã, cinco e meia.''
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