Nuvens correndo num rio Quem sabe onde vão parar? Fantasma do meu navio Não corras, vai devagar! Vais por caminhos de bruma Que são caminhos de olvido. Não queiras, ó meu navio, Ser um navio perdido. Sonhos içados ao vento Querem estrelas varejar! Velas do meu pensamento Aonde me quereis levar? Não corras, ó meu navio Navega mais devagar, Que nuvens correndo em rio, Quem sabe onde vão parar? Que este destino em que venho É uma troça tão triste; Um navio que não tenho Num rio que não existe. Natália Correia
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