quarta-feira, 18 de agosto de 2021

«O homem que não foi ferido ao princípio depressa se julga invulnerável.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 78

 «Ao cabo de uns meses pô-la na rua porque já o estava a estorvar.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 77

«Como a de outras paixões, a origem de um ódio é sempre obscura, (...)»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 76

 «(...) e o seu trágico fim com o cheiro medicinal dos eucaliptos e as vozes dos pássaros.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 75

''linhagem patrícia''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 74

''Um povo que não vê, que não lê, que não ouve, que não vibra, que não sai da sua vida material, do Dever e do Haver, torna-se um povo inútil e mal-humorado. A Beleza - desde a Beleza moral à Beleza plástica - deve constituir a ambição suprema dos homens e das raças. A literatura e a arte são os dois grandes órgãos dessa aspiração, dois órgãos que precisam de uma afinação constante, que contêm, nos seus tubos, a essência e a finalidade da Criação. ''

António Ferro, 1932.
“As coisas estão unidas por laços invisíveis. Não podes colher uma flor sem perturbar uma estrela.” 

Galileu Galilei

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

 

frigatriscaidecafobia

nome feminino
MEDICINA, PSICOLOGIA medo patológico da sexta-feira treze

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

 «Possivelmente, no inferno, os réprobos não são sempre felizes.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 72

''nostalgias urbanas''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 72

 «Ao fim de tenazes debates, feitos a princípio de cortesia e no fim de tédio, não chegavam a acordo.» 

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 71

 «Tinha querido ser moderna e os modernos repeliam-na.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 70

''mero alarde literário''

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 49

«As coisas duram mais do que as pessoas.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 47

«Procuraram-se durante muito tempo e nunca se encontraram.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 46

« A ''estranheza do mundo'' é para Adorno um fator da arte.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 73

''E o lugar da volúpia é a pele (...)''

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 72

«O meio digital revela-se descorporalizador.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 72

 «São esses caminhos somente caminhos de rodeio, rodeios de ti mesmo para ti mesmo?»

Paul Celan

 «Na voz retorna o conteúdo psíquico recalcado.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 69

«Para Kafka, a voz e o olhar são, por outro lado, signos do corpo. Uma comunicação sem esses signos corporais não é mais do que um comércio com espíritos.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 65

«Hoje, o mundo é muito pobre em olhares.»

 

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 60

«Ninguém perturbou a minha timidez, ninguém reparou em mim.»

 Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 40

«(...), e já são muitas as coisas que, desde então, temos possuído e perdido.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 39

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

 « - O meu conselho é que não te metas em histórias por causa daquilo que as pessoas podem dizer e por uma mulher que já não te quer.

«-Ela não me interessa para nada. Um homem que pensa cinco minutos seguidos numa mulher não é um homem mas um maricas. A Casilda não te coração. A última noite que passámos juntos disse-me que eu já andava para velho.

« - Disse-te a verdade.

« - A verdade é o que dói. (...)»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 34


Jiang Qing. Chinese actress
 

 «Essa noite aprendi que não é difícil matar um homem ou ser morto por ele.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 31

«Criei-me com as tristes ervas.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 30

''ganhava o pão a engomar''

«Clementina Juárez, minha mãe, era uma mulher decente que ganhava o pão a engomar.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 30

«Tinham-nos desfeito a tiros.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 27

«-Oxalá me matem. É o melhor que me pode acontecer.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 26

''A amizade não é menos misteriosa do que o amor ''

«A amizade não é menos misteriosa do que o amor ou que qualquer das outras faces desta confusão que é a vida.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 24

«Eu sentia o desprezo das pessoas e despreza-me.»


Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 22

 

euclidiano

adjetivo
relativo a Euclides, matemático grego do século III a. C., ou à sua maneira de conceber a geometria

«(...) a mulher tristemente sacrificada e a obrigação de esquecê-la.»

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 18

 

Carla Van de Puttelaar

«(...) um voluntário esvaziamento de si mesmo.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 11

 «O sujeito narcísico-depressivo está exausto e fatigado de si mesmo.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 11

''constante igualar''

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 10

 «Pensa-se hoje que o amor perece devido à liberdade de escolha ilimitada, às numerosas opções e coação do ótimo, e que, num mundo de possibilidades ilimitadas, o amor não é possível.»

Byung-Chul Han. A Agonia de Eros Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2014, Lisboa., p. 9

 


Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 57

«Os big data funcionam sem necessidade de ver.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 62

«Mato-me a otimizar-me.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 50

 «Sou eu que, antes, me exploro a mim mesmo voluntariamente, acreditando estar a realizar-me.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 49

 ''A realização do trabalho acaba por tornar-se uma des-realização de tal ordem que o trabalhador é des-realizado até morrer de fome.»

K.Marx

 «Quanto mais o trabalhador se esgota, mas cai sob a dominação do outro enquanto explorador.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 49

«(...), a literatura não é outra coisa senão um sonho dirigido.»

in Prólogo

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 9

''Sou decididamente monótono.''

in Prólogo

Jorge Luis Borges. O Relatório de Brodie. Tradução António Alçada Baptista Quetzal Editores, 2013, Lisboa ., p. 9

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

 «As relações são substituídas pelas conexões. A falta de distância expulsa a proximidade. Duas baforadas de silêncio, poderiam conter mais proximidade, mais linguagem do que uma hipercomunicação. O silêncio é linguagem, enquanto o ruído da comunicação não o é.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 48

 ''Grades da Língua''


[...] (Se eu fosse como tu, se tu fosses como eu.
Não estivemos
sob um alísio?
Somos estranhos.)


Os ladrilhos. Em cima,
muito juntas, as duas 
poças cinzento-coração:
duas
baforadas de silêncio.

Paul Celan

''Deixámos de ser o homo doloris que habita limiares.'' 

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 45

«O que oprime e destrói a pessoa singular não é a situação objectiva, mas a sensação de desvantagem por comparação com os outros que aparecem como significativos.»

H. Bude op cit in. Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 36

 “People need to be cared for and nurtured throughout their lives by other people, at some times more urgently and more completely than at other times. Who is available to do the labor of care and who gets the care they require is contingent on political and social organization.” 


Kittay et al., 2005, p. 443

domingo, 8 de agosto de 2021

 

tomar a nuvem por Juno
iludir-se, tomar uma coisa por outra


                                                                            Théo Gosselin

''Autenticidade e Terror''

 «(...) Karl-Heinz Bohrer não deixa de ter razão, no seu ensaio ''Autenticidade e Terror'', quando observa que o terrorismo é um supremo acto de autenticidade.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 36

 «A adição às selfies não tem muito a ver com um saudável amor de si mesmo: não é mais do que a marcha no vazio de um eu narcísico que ficou só. Perante o vazio interior, o sujeito tenta em vão produzir-se a si mesmo. Mas é só o vazio que se reproduz. As selfies são o eu em formas vazias. A adição às selfies intensifica a sensação de vazio.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 35

 «O sentimento de vazio é um sintoma fundamental da depressão e do transtorno de personalidade borderline.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 33

«A autorreferência excessiva e narcísica, em contrapartida, gera uma sensação de vazio.
Hoje, as energias libidinosas investem-se sobretudo no eu.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 31

«A autenticidade é um argumento de venda.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 29

 «O grau de civilização de uma sociedade pode medir-se precisamente em função da sua hospitalidade, ou melhor, em função da sua amabilidade. Reconciliação significa amabilidade.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 28

 «Acabaremos sempre por ser recompensados pela nossa boa vontade, pela nossa paciência, pela nossa equidade, pelo nosso afeto pelo estranho, enquanto o estranho é lentamente despojado do seu véu e se faz presente como uma nova beleza indizível: tal é o seu modo de agradecer a nossa hospitalidade.»

Nietzsche op cit in Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 28

 «(...)

A amabilidade significa liberdade.
A ideia de hospitalidade manifesta também algo de universal para além da razão. Para Nietzsche, é uma expressão da alma ''superabundante''. É capaz de acolher em si todas as singularidades.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 25

 «É assim que se explora a própria liberdade. Cada um passa a explorar-se a si mesmo, imaginando que se está a realizar. O que maximiza a produtividade e a eficácia não é a opressão da liberdade, mas a sua exploração. Tal é a lógica perversa fundamental do liberalismo.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 24

 «O celebrado «mundo culto» já não oficia culto algum, mesmo de má-fé, como o era o da Arte (com letra grande, se fazem favor). 

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 178

«Mas para os pastores a metamorfose só existe nos contos de fadas.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 178

 «A visão de um determinado grupo social, o seu pedantismo calculado, ou antes, o seu cultivado snobismo já não têm o monopólio da pressão cultural.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 178

 «A cultura dos «cultos», entre nós, teve sempre estes reflexos à Fradique.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 174

 «(...) a nossa pobre mesa de eternos provincianos.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 173

''beatitude intelectual e moral''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 170

 «A história foi e é ainda cabeça de Medusa. Só cortando-a, aboliremos (acaso) a sua horrível fascinação. Sérgio acreditou heroicamente que bastava olhá-la de frente e desmontar o seu mecanismo. O seu próprio exemplo nos ensina a modéstia. O pensamento não se pensa senão para chegar-se a pensar-se.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 170

«Todos nós desejamos ver claro no nosso passado e mais ainda no presente.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 169


Eduardo Lourenço no filme de Alberto Seixas Santos, "Gestos e Fragmentos"

 «Sérgio pensava por nós, logo dispensava-nos de pensar.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 167

 «cegueira para os valores»

Max Scheler

''sensualidade camoniana''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 165

''niilismo ou desespero''

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 165

«O espírito não pode estar ao mesmo tempo nos dois lados da barricada, dirá Brunschvicg, quer dizer, do lado sensível e do inteligível.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 162

 « o polemismo sergiano é um prolongamento natural do amor pedagógico.»

Joel Serrão sobre António Sérgio

« A atmosfera cultural do Ocidente, neste momento, convida à contestação e à contestação da contestação. O importante é saber a quê e o porquê e como se contesta.»

 Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 158
''[...] lamentai esse homem extraordinário, lamen-
tai-o por ter vivido numa época tão lamentável que
o obrigou a agir sem cessar através de escritos
polémicos.''

Goethe acerca de Lessing

 

vezo

 /ê/
nome masculino
1.
costume censurávelmau hábito
2.
modo repetido de agir ou comportar-secostume
3.
propensão
4.
reincidência

sábado, 7 de agosto de 2021

 

zagal

nome masculino
1.indivíduo que leva o gado ao pasto e o guarda e guia; pastor, pegureiro
2.ajudante do maioral; aquele que auxilia no trabalho da criação de gado
3.rapaz forte, vigoroso

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Wolf Alice - Lipstick On The Glass



Oh, it could be exciting
Excuse for a change if we don't work the way
We were

Oh, but nothing seems inviting
Except the image of your open arms calling back
To me

I take you back
Yeah, I know it seems surprising when there's lipstick still on the glass
And the full moon rising but it's me who makes myself mad
I take you

Oh, my body does deceive me
Just as did yours
Though we're fighting different wars
In our ways

Oh, but there's no pleasure in resisting
So go ahead and kiss me

I take you back
Yeah, I know it seems surprising when there's lipstick still on the glass
And the full moon rising but it's me who makes myself mad
I take you

Once more, once more
Once more
Once more, once more
Once more
Once more

You know nothing would've needed deciding
Had you just simply asked
But the full moon, rising and it's me

I take you back
Yeah, I know it seems surprising when there's lipstick still on the glass
And the full moon rising but it's me who makes myself mad
I take you

 Quando a tempestade passar,

as estradas se amansarem,
E formos sobreviventes
de um naufrágio coletivo,
Com o coração choroso
e o destino abençoado,
Nós nos sentiremos bem-aventurados
Só por estarmos vivos.

E daremos um abraço ao primeiro desconhecido,
E elogiaremos a sorte de manter um amigo.

E aí vamos lembrar tudo aquilo que perdemos, e de uma vez aprenderemos tudo o que ainda não aprendemos.

Não teremos mais inveja, pois todos sofreram.
Não teremos mais o coração endurecido,
Seremos todos mais compassivos.

Valerá mais o que é de todos do que o que eu nunca consegui.
Seremos mais generosos
E muito mais comprometidos.

Nós entenderemos o quão frágeis somos, e o que 
significa estarmos vivos!
Vamos sentir empatia por quem está e por quem se foi.

Sentiremos falta do velho que pedia esmola no mercado, cujo nome nunca soubemos, e que sempre esteve ao nosso lado.

E talvez o velho pobre fosse Deus disfarçado...
Mas você nunca perguntou o nome dele,
Porque estava com pressa...

E tudo será milagre! 
E tudo será um legado,
E a vida que ganhamos será respeitada!

Quando a tempestade passar, 
Eu vos peço, Deus, com tristeza ,
Que nos torneis melhores, como nos sonhastes.

(K. O ' Meara - Poema escrito durante a epidemia de peste em 1800)

polografia

 registo ou descrição astronómica do céu

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

A família do Homem (The familiy of Man)

''A família do Homem (The familiy of Man), exposição de fotografia apresentada no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, pretendia ser um repositório dos “sonhos e aspirações da Humanidade” de um mundo ainda com a 2ª Guerra Mundial na memória, mas visava igualmente sublinhar a ideia de que somos todos uma espécie, independentemente da origem e das características físicas de cada um. Organizada por Edward Steichen, a partir de cerca de dois milhões de imagens, de onde saiu uma seleção de cerca de duas mil, a exposição percorreria 37 países tendo cerca de dez milhões de visitantes. ''

Fonte: Associação Portuguesa de arte fotográfica (apaf)
"Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso
Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e
todos nós a obra das tuas mãos".

Isaías 64:8

''Acompanhar é juntar-se a alguém no seu caminho. É ir com o doente onde a doença o conduz, no seu sofrimento, na sua dor, no seu isolamento no sentido de o ajudar a encontrar o caminho da sua recuperação. É estar próximo aceitando os limites mas também reconhecendo as nossas capacidades e utilizando adequadamente os meios de que poderemos dispor para vencer nas nossas circunstâncias a ameaça da doença. É, enfim, numa certa medida e no pleno sentido do termo, exercer uma forma de ''fraternidade''.

Bernard Ars. Acompangnement et Médicine. Acta medica Catholica. Vol 90;

terça-feira, 3 de agosto de 2021

domingo, 1 de agosto de 2021

'' violência da positividade''

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 24

«O imaginário compensa uma carência na realidade.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 22

«As inseguranças sociais, conjugadas com o desespero e um futuro sem perspectivas, constituem o caldo de cultura das forças terroristas.»

Byung-Chul Han. A Expulsão do Outro. Tradução de Miguel Serras Pereira. Editora. Relógio D'Água, 2018, Lisboa., p. 21

''panteísmo do sofrimento''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 144

alotriofagia


nome feminino
1.
tendência mórbida para comer substâncias impróprias ou repugnantes
2.
apetites extravagantes que algumas mulheres sentem durante a gravidez

 «Adulação permanente e espectacular da criança-rei (sobretudo o macho), porta aberta para as suas pulsões narcisistas e exibicionistas, ausência de perspectiva social positiva, salvo a que prolonga a afirmação egoísta de si, tais são os mais comuns reflexos da educação portuguesa, defesa natural das mães frustradas nela pelo genérico absentismo e irresponsabilidade paternos.»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 132

«Portugal, uma mina para Freud...»

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 132

''culto espontâneo do narcisismo''

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 132

 «No curioso far-west em que nos convertemos - depois de séculos de clausura sociológica - a predisposição crónica do efeito de aparência eclipsa quase por completo a crítica e o contrapeso que a avaliação mais correcta das exigências da realidade e das capacidades para a satisfazer importa. Em princípio, todo o português que sabe ler e escrever se acha apto para tudo, e o que é mais espantoso é que ninguém se espante com isso. »

Eduardo Lourenço. O Labirinto da Saudade. Editora Gradiva. Lisboa, 2020., p. 131/2