"Mas toda a história humana deste planeta pode acabar amanhã, ou daqui a um mês. E é por isso que tudo quanto vale alguma coisa no mundo, seja a ciência, seja a arte; seja a imaginação , seja o progresso; seja a honra, seja o amor; sejam as crianças, sejam as rosas; seja a vida, seja o Espírito, no sentido mais autêntico, criador e digno da palavra espírito - tudo, mas absolutamente tudo, cabe hoje neste bem supremo, que é preciso salvar, a Paz, a «Paz áurea, divina» como diz Camões, no poema em que exalta a nossa coragem nacional."
Com estas palavras, terminou Óscar Lopes a Oração de Sapiência que proferiu, em 1 de outubro de 1953, no Liceu que então se chamava D. Manuel II, e que, em 2007, seria publicada em livro com o título «As mãos e o Espírito».
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