« A mulher disse: - No livro que estou a traduzir aparece uma citação de Baudelaire: a única acção política que ele entende é a revolta. E eu pensei de repente: a única acção política que eu entendo é o amor.
Franziska: - Só entre os homens é que há disso.
A mulher : - E como é que te dás com o Bruno?
Franziska: - O Bruno é uma pessoa que é como que feito para ser feliz. É por isso que ele anda agora tão descontrolado. E tão teatral! Ele faz-me nervos. Vou mandá-lo embora.
A mulher: - Ah, Franziska. Isso dizes tu de todos. E acabas sempre por ser abandonada.»
Peter Handke. A Mulher Canhota. Tradução de Maria Adélia Silva Melo. Difel., p. 63
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