''Em a Paisagem (BAUDELAIRE, 2012, p. 305), ao descrever o cenário urbano, a voz
poética nos permite fitar a Paris de então: a quietude das igrejas e a suavidade dos campanários contrastam com a correria dos operários absortos no trabalho braçal na fábrica:
«Quero, para compor os meus castos monólogos, / Deitar-me ao pé do céu, assim como os
astrólogos, / E, junto aos campanários, escutar sonhando / Solenes cânticos que o vento vai
levando. / As mãos sob meu queixo, só, na água-furtada, / Verei a fábrica em azáfama engolfada.»''
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