«No domínio da organização do trabalho científico, a
industrialização da ciência produziu dois efeitos principais.
Por um lado, a comunidade cientifica estratificou-se, as
relações de poder entre cientistas tornaram-se mais
autoritárias e desiguais e a esmagadora maioria dos
cientistas foi submetida a um processo de proletarização no
interior dos laboratórios e dos centros de investigação. Por
outro lado, a investigação capital-intensiva ( assente em
instrumentos caros e raros) tornou impossível o livre acesso
ao equipamento, o que contribuiu para o aprofundamento do
fosso, em termos de desenvolvimento científico e
tecnológico, entre os países centrais e os países periféricos.»
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 15. ed. Porto: Afrontamento,
2007. p.35.
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