«Tornou-se lendário o romance que terá envolvido Maria Severa
Onofriana (1820-1846), que dirigia uma taberna com sua mãe, Ana
Gertrudes Severa, uma célebre prostituta da Mouraria conhecida pelo
sobrenome de ‘Barbuda’, onde se cantava o Fado, e o Conde de Vimioso,
que a levaria pontualmente a cantar em salões de titulares.
Nasceria desta forma o mito da Severa, uma prostituta que por
tanto amar e sofrer, morreu nova. Teria sido este o seu destino, o seu
Fado: morrer de e por amor :
“ (...) Chorai, fadistas, chorai, que a Severa já morreu: e fadista como ela
nunca no mundo apareceu(...) Chorai, fadistas, chorai, que a Severa se finou.
O gosto que tinha o Fado, tudo com ela acabou”.»
NERY,Rui Vieira, Para uma História do Fado, 1ª edição, Lisboa, Público,
Comunicação Social, S.A, e Corda Seca, Edições de Arte, S.A, Outubro de 2004,
pp.64-66.
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