terça-feira, 1 de maio de 2018


«Janklévitch quase chegou a afirmar que a ironia é filha da ociosidade, sendo, portanto, um produto fabricado para iludir a fome de verdade. Engana-se o mestre. O riso, sim, brota de nós - uma que outra vez - para preencher um momento sem significação. A ironia, pelo contrário, é uma abelha infatigável que não gosta de iludir o tempo em colóquios desnecessários. A sua missão é esta: impedir que o optimismo se instale nas sociedades com a sua bagagem de viajante sem imaginação.»



Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 81/2

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