«Eu era um poeta animado pela filosofia, não um filósofo com faculdades
poéticas. Eu adorava admirar a beleza das coisas, delinear –
imperceptivelmente através do assombrosamente pequeno - a alma poética
do universo.
A poesia está em tudo – no mar e na terra, no lago e na margem do rio. Está
na cidade também – não o neguem – isto é evidente para mim, aqui sentado:
há poesia nesta mesa, neste papel, neste tinteiro; há poesia no ruído dos
carros nas ruas, em cada minuto, cada momento comum, no movimento
ridículo do trabalhador, que, no lado oposto da rua pinta a placa do talho.»
(PESSOA; F., 1906: 22)8
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