sexta-feira, 28 de abril de 2017



«Há coisas que me transcendem, há coisas que eu não suspeitava e que me espantam quando as vejo nos trabalhos. Por outro lado, tenho também que me isolar. Eu era uma pessoa muito mais sociável , passava muito mais tempo com os meus amigos e o ser artista para mim implica isolamento e concentração, que não é compatível com a uma vida social intensa e isso também é pesado. Os trabalhos resultam de uma mistura de muita concentração e, simultaneamente, do estar muito descontraída e de deixar entrar o que vier. É algo que eu sei fazer, mas que não sei explicar como se deve fazer, é agarrar as coisas como um cão de caça.»


Helena Almeidaintus. Civilização Editora, Lisboa, 2006., p. 55/6

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