[...]
«Estou rabugenta, obtusa, velha e já não sirvo.
Sinto as minhas mãos a rondarem por mim na cama,
A sondarem ao de leve os joelhos, as mamas,
A barriga bamba,
Apertando aqui e acolá e às vezes,
A rasgarem-me, com a gana.
Vivo sozinha.»
Ian Hamilton. Cinquenta Poemas. Edição Bilingue. Tradução de Nuno Vidal. Edições Cotovia, Lisboa, 1995., p. 39
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