Dia e noite te procurei…
Dia e noite te procurei
sem encontrar o sítio onde cantas.
Procurei-te pelo tempo acima e pelo rio abaixo.
Perdeste-te por entre as lágrimas.
Noite atrás de noite te procurei
sem encontrar o sítio de onde choras
porque sei que estás chorando.
Basta olhar-me num espelho
para saber que estás a chorar e me choraste.
Apenas tu salvas o pranto
e de um mendigo obscuro fazes,
pela tua mão, rei coroado.
em Mágica, selecção e tradução de Ricardo Marques, Lisboa: Língua Morta, 2011, p. 34.
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