« - Olha - tornou a ordenar-me. Os meus olhos encheram-se de enforcados. - Enquanto viveres - disse-me -, ouve-me bem: enquanto viveres, que estes enforcados jamais desapareçam da tua memória. - Quem os matou? - A liberdade, bendita seja ela.
Não compreendi. Olhava, olhava, de olhos franzidos, os três enforcados que se moviam lentamente entre as folhas amarelas do plátano.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 81
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