quinta-feira, 28 de maio de 2015


«Vê os sulcos que cavaram leito nas minhas faces descoloridas: são a gota de esperma e a gota de sangue, que me escorrem lentamente ao longo das rugas secas. Uma vez chegadas ao lábio superior, fazem um imenso esforço e penetram-me no santuário da boca, atraídas como por um íman,  pela garganta irresistível.»


Conde de LautréamontCantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 142