(...)
«Mãe, desculpa!
Não passo de um eufemismo.
Mas sou muito malcriado,
injusto,
indelicado.
Mas é verdade, ó Mãe.
Ou meia verdade, meia
mentira.
O sim ou não, já não sei.
São coisas, Mãe, são coisas...
Não é, também é verdade.
Não explico.
Ó Mãe, que chatice, Mãe!
Não sentir o coração.»
Ruy Cinatti. Obra Poética. Organização e prefácio de Fernando Pinto do Amaral. Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa, 1992., p. 150