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Fosse outro o mundo e outra a comum fortuna,
nunca as lágrimas comprado o pão da vida
e no estrume do coração colhida
fosse por fim achada a flor da sina:
seios, irmãos da concha dos dedos,
seria então a cor da minha oca o roxo em teus
[mamilos.
Mas assim, meu amor, pra que degredos
gerarias em carne a nossos filhos?
pra que fome de sonhos e ínvios trilhos?
Carlos de Oliveira. Obras de Carlos de Oliveira. Editorial Caminho, Lisboa, 1992., p. 55