domingo, 16 de dezembro de 2012

Reconhecei a minha lentidão e o animal que sangra docemente
    dentro da minha alma.
 
 
(...)
 
 
Faríeis melhor residindo em pântanos. Eu já não sou o vosso mestre
    mas sim a vossa profundidade a que talvez não chegareis.
 
(...)
 
 
a minha mãe é fértil na cobardia;
 
o meu coração, temível na doçura.
 
 
 
 
Antonio Gamoneda. Descrição da Mentira. Tradução de Vasco Gato. Edições Quasi, 2003., p. 14/15