« - Sabe, parece-me que lhe quero muito.
O capitão voltou-se de costas. As orelhas tornaram-se-lhe pálidas.
-Bem, deixe-se de disparates.
- Não é que o ame, mas, simplesmente, aprecio-o - disse Mikháilova com orgulho.
O capitão ergueu os olhos e, fitando-a de soslaio, disse com timidez:
-Pois a mim falta-me a miúdo a coragem para dizer o que penso, e isso é muito mau.»
Vadim Kojévnikov. Março e Abril.
Contos soviéticos. Tradução de Sampaio Marinho. Edições Progresso, 1980, p. 347
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