quinta-feira, 28 de junho de 2012

« - Devo dizer-lhe, Gavrila Ardalionovitch - disse bruscamente o príncipe -, que é verdade que a doença que me afligiu noutros tempos, a ponto de me tornar quase idiota. Mas agora estou curado e já há muito tempo. Por isso, acho bastante desagradável que me trate abertamente de idiota. Se bem que os seus infortúnios lhe possam servir de desculpa, está transtornado a pontp de ser a segunda vez que me insulta. Isso desagrada-me, sobretudo tratando-se, como é o caso, do primeiro encontro. Estamos numa encruzilhada, o melhor será que nos separemos. (....)»



Fëdor Mixajlovič Dostoevskij. O Idiota. Tradução de Jorge Sampaio. Círculo de Leitores, Lisboa, 1978., p. 93/4

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