segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

«Ai dor! era-me preciso enterrar magnificamente os meus amores.»

«Eles lá iam, mar em fora, no espaço e no tempo, e eu ficava-me ali numa ponta da mesa, com os meus quarenta e tantos anos, tão vadios e tão vazios; ficava-me para os não ver nunca mais, porque ela poderia tornar e tornou, mas o eflúvio da manhã quem é que o pediu ao crepúsculo da tarde?»



Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Livraria Chardron de Lello&Irmão - Editores, Porto, 1985., p. 203

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