«(...) - nó das solidões
do eu que se sente morrer
e não quer aparecer nu perante Deus:
assumo tudo, para poder compreender,
de dentro, o fruto dessa ambiguidade:
um homem adorável, de quem, neste Abril
incalculado, mil jovens descidos do Além,
esperam confiantes um sinal que tenha
a força da fé sem piedade,
para lhes consagrar a raiva humilde.»
Pier Paolo Pasolini. Poemas. Tradução de Maria
Jorge Vilar de Figueiredo. Assírio & Alvim, Lisboa, 2005., p. 485-487
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