Não sepultes dentro de ti, minha amiga, o teu segredo. Diz-mo só a mim baixinho.
Murmura-me o teu segredo, tu que tens tão meigo sorriso. Ouvi-lo-á só o meu coração e não os meus ouvidos.
A noite é profunda, a casa silenciosa, os ninhos das aves estão engolfados no sono.
Diz-me o segredo do teu coração, por entre as tuas vacilantes lágrimas e os teus perturbados sorrisos.
Rabindranhath Tagore. O Jardineiro d' Amor. Tradução de António Figueirinhas. Livraria Nacional e Estrangeira de Eduardo Tavares Martins. Porto, 1922., p. 46
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