quarta-feira, 3 de agosto de 2011

 «Os prados estavam desertos, o vento agitava o rio; ao fundo, havia grandes plantas sobre ele inclinadas, como cabeleiras de cadáveres a flutuar na água. Ela retinha a sua dor, e até à noite foi muito corajosa; mas assim que chegou ao quarto abandonou-se-lhe, de barriga para baixo no colchão, a cara no travesseiro, e os dois punhos segurando as têmporas.»



Gustave Flaubert. Um Coração Simples. Tradução de Maria Emanuel Côrte-Real e Júlio Machado. 1ª edição. Edições Quasi, 2008., p. 31

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