sexta-feira, 10 de junho de 2011

     «Não me calo, por mais que com o dedo,
tocando tua boca ou sobre a fronte
silêncio imponhas ou ameaces medo.
       Não há-de haver um espírito valente?
Há-de sempre sentir-se o que se disse?
Nunca se há-de dizer o que se sente?»


Francisco Quevedo. Antologia Poética. Selecção, tradução, prólogo e notas de José Bento, Assírio & Alvim, Lisboa, 1987, p.63

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