(...)
«Eis aqui os nossos pensamentos, pensamentos de viajantes,
Eis que aparece não só a terra, a terra firme (poderão eles então dizer),
Aqui o céu forma um arco, sentimos sob os pés o balançar do convés,
Sentimos a longa pulsação, o fluxo e o refluxo do movimento sem fim,
Os sons do mistério invisível, as vagas e vastas sugestões do mundo marítimo,
as sílabas líquidas e fluentes,
O perfume, o ligeiro ranger do cordame, o ritmo melancólico,
A vista ilimitada e o longínquo e indistinto horizonte estão todos aqui,
E é este o poema do oceano.»
Walt Whitman. Folhas de Erva. Tradução de Maria de Lourdes Guimarães. Círculo de Leitores., p.6
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