quarta-feira, 30 de março de 2011

FEDRA

Que insensatez! Que disse eu? Onde estou?
Meus votos, minha mente, o que é que os transtornou?
Perdi-a: os Deuses já não deixam que funcione.
E o meu rosto a corar desta vergonha, Enone:
demais te deixo ver a minha dor enquanto
meus olhos, sem querer, assim se enchem de pranto.



Jean Racine. Fedra. Trad. Vasco Graça Moura. Bertrand Editora, Chiado, 2005, p. 41

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