sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Erva segada

A erva jaz segada e frágil:
É breve o sopro
Que os caules ceifados exalam.
Longa, longa a morte

Que ela morre nas horas em branco
Do Junho de folhas tenras
Com flores de castanheiro,
As sebes como de neve espargidas,

Lírios brancos curvando-se,
Veredas rendilhadas a flores bravas,
E aquela nuvem acastelada
Movendo-se ao ritmo do Verão.


Philip Larkin. Janelas Altas. Tradução e introdução de Rui Carvalho Homem. Edições Cotovia, Lisboa, 2004., p. 95

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