À saída do estádio
pressentimos na brisa
a chegada dos signos da noite
Indeciso, o cavalo
transpõe o fosso do horizonte,
sob a lua e um alto
expoente de pó
Inverte-se o casco percussor
à beira da fonte de Hélicon,
e o cavalo grego
deita-se para morrer
Um frémito distende-lhe as asas;
no olhar anterior ao mito,
aflui agora
a mais pura estância
das lágrimas.
Sebastião Alba. A noite dividida. Lisboa, Assírio & Alvim, 1996.,p.75
este é, para mim, um dos seus mais belos poemas.
ResponderEliminarNão me envolvi muito com a escrita do poeta, mas, sim, gostei disto:
ResponderEliminar«e o cavalo grego
deita-se para morrer»
Não me envolvi muito com a escrita do poeta, mas, sim, gostei disto:
ResponderEliminar«e o cavalo grego
deita-se para morrer»
sim... eu pela minha parte gosto muito dele.
ResponderEliminar" Indeciso, o cavalo
transpõe o fosso do horizonte,
sob a lua e um alto
expoente de pó "
isto é a meu ver excelente. Em todo o poema encontro um ritmo leve, mas intenso.
Para além disso, agrada-me a maneira como ele viveu a poesia.