terça-feira, 18 de maio de 2010

.................E sobre a solidão das casas,
entre o sono e o vinho derramado,
curvam-se os cascos do demónio -
ágeis, frágeis.
E o sonâmbulo desejo do nosso coração
tudo absorve ao alto, como uma tenebrosa
vertigem.


(pequeno excerto retirado do poema IV de 'Fonte')


Herberto Helder. A Colher na boca (Poesia Toda I). Lisboa, Assírio&Alvim, 1990, pp.64.

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