terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Jaz nos outeiros da Geórgia o véu da noite;
Ante mim o ruidoso Aragva.
Estou triste e leve; desta mágoa é clara a fonte;
Cheia de ti é minha mágoa.
De ti, só de ti...Não me tortura o quebranto,
Nada inquieta este pesar,
Meu coração outra vez arde e ama tanto
Porque não sabe não amar.

[1829]
Aleksandr Púchkin in O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas. Selecção, Trad. Nina Guerra e Filipe Guerra. Assírio & Alvim. Lisboa, 1999

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