''o que se pode dizer a respeito das relações não-monogâmicas consensuais
(poliamor, relações swingers, relações abertas, anarquia relacional)?''

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

« - Tenho fome, logo existo.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 262

«O homem erra nos seus esforços e nas suas ansiedades.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 257
«A perseguição aos fantasmas é um dos espectáculos mais irónicos das lutas modernas.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 256

domingo, 27 de janeiro de 2019



« - A consciência, sim, interroguei-a com cuidado, mas das suas respostas concluí que é um modesto porto de embarque para um mar sem limites. Não devemos obriga-la a penosos esforços, com a ideia de obter indicações firmes sobre o ser e o não-ser. O seu clarão não é maior que o da lanterna de Diógenes.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 255


‘’ A exploração dos seus refúgios impenetrados e dos seus silêncios inquietantes (…)’’

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 254/5

«À semelhança dos perdulários que, impelidos por uma nevrose de satisfações imediatas, uma quási epilepsia de ruína, dilapidam o património que herdaram de pais e avós, também nós temos atravessado momentos de prodigalidade, malbaratando às cegas os tesouros de sucessivas culturas acumuladas em nós, desde remotas idades.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 254

«torvelinho dos apetites»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 253



A civilização integra-se com quatro
Elementos; 1º normas de conduta;
- 2.º normas de emoção; - 3.º nor-
mas de crença; 4.º tecnologias.

«A Nova Reforma», por Whitehead


«Ambicionava o Infinito, mas às avessas…»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 251

«nunca é possível determinar responsabilidades; elas são sempre da 6.ª pessoa num caso onde só agiram cinco»; «refilamos só de palavras.»; somos incapazes da revolta e agitação (Quando fizemos uma revolução foi para implementar uma coisa igual ao que já estava.»

Fernando Pessoa
«Este nosso velho complexo nacional de inferioridade não para de roer-nos. E temos de ser grandes em tudo exactamente porque nos sentimos pequenos em tudo.»

Miguel Torga
«Uma nação que habitualmente pense mal de si mesma acabará por merecer o conceito de si anteformou. Envenena-se mentalmente.»

Fernando Pessoa, Análise mental da vida portuguesa

Prec

(Processo revolucionário em curso)

sábado, 19 de janeiro de 2019

''assanhadas lutas políticas-sociais''
«A vocação do amor não é o desamor. O amor eterno, por definição, ou é ou não é. Se na prática não é, esse será outro aspecto. Mas se a vivência amorosa tem algum sentido, ela só terá sentido enquanto tiver essa componente eternizante dentro dela.»

Eduardo Lourenço
«Riu-se a dizer que Shakespeare teria adorado ter Trump como personagem. Menos épico, mais trágico e também mais humorístico do que Camões, como acha que Shakespeare olharia para este presente?

Não sei o que ele diria, o que sei é que este tempo, o tempo preciso em que estamos vivendo é um tempo não só shakespeariano, é ultrashakespeariano. A famosa luta de classes que durante mais de um século foi objecto das nossas considerações e preocupações já não é do mesmo tipo da que foi até à queda do muro de Berlim. De repente, há uma desestruturação das diversas potências que pretendem ocupar o lugar da potência única que cada um deseja. Neste momento, coisa que parecia impossível há 40, há 30 anos, aparece no mundo uma perspectiva apocalíptica que aparentemente é da ordem da ficção, qualquer coisa para filmes de Hollywood. Um deslize, um ataque, uma bomba a mais, um foguetão absurdo a cair no sítio errado — tudo pode levar-nos para um começo de qualquer coisa parecida com o apocalipse. Seria pena, porque a Terra não merece este género de sonhos mal sonhados. Shakespeare é um caso. Foi uma segunda reeinvenção num tempo que em princípio já não era o tempo da tragédia. A diferença é que a tragédia nasceu num mundo em que a invenção cristã ainda não tinha acontecido. Shakespeare aparece e surge para descrever tragédias já no interior do mundo condicionado pela visão cristã. Penso que é por isso que a obra dele não só é fantástica do ponto de vista literário, mas como obra de um profeta moderno. Na nossa cultura, na mais popular, aparecem sempre umas figuras com uma aura, espécie de loucura, santa ou profética, antecipando o futuro. São de algum modo Cassandras, mesmo quando são homens. Hoje quaisquer dos grandes autores são profetas, mas são tão banais, porque são tantos, que não têm o papel que as figuras míticas da antiguidade e mais modernas tiveram. Mas penso que cada geração reencontra outra maneira de reescrever o que Homero, Dante, Camões e outros já escreveram. Como Pessoa. Pessoa é um bisneto de Shakespeare. Ele é incompreensível sem as leituras de Shakespeare. Mesmo se não soubéssemos, bastaria consultar o seu volume de Shakespeare. Tudo está sublinhado. A Bíblia dele foi Shakespeare.»

Eduardo Lourenço, entrevista ao Jornal Público
''A literatura é o nosso discurso fantasmático, absoluto. Todas as culturas se definem pela relação com o seu próprio imaginário. A encarnação dele é a literatura.''

Eduardo Lourenço
''Provavelmente, a figura capital da raça humana é Narciso. Narciso é uma espécie de defesa, alguém que não se pode debruçar demasiado sobre a sua imagem sem que isso lhe seja fatal. O narcisismo português, para mim, é um narcisismo inocente; ninguém pensa que vai morrer no espelho. Mas às vezes acontece. ''

Eduardo Lourenço
''Estarmos morbidamente fixados a esta paixão pela imagem devora-nos vivos''

Eduardo Lourenço

''Nós precisamos de um espelho o mais diferente possível de nós para poder medir melhor do que somos e não somos capazes. ''

Eduardo Lourenço



"Compreendi que a casa estava morta quando os mortos principiaram a morrer. O meu filho Carlos, em criança, julgava que o relógio de parede era o coração do mundo e tive vontade de sorrir por saber há muito que o coração do mundo não estava ali connosco, mas além do pátio e do bosque de sequóias, no cemitério onde no tempo do meu pai enterravam lado a lado os pretos e os brancos do mesmo modo que antes do meu pai, na época do primeiro dono do girassol e do algodão, sepultaram os brancos que passeavam a cavalo e davam ordens e os pretos que trabalharam as lavras neste século e no anterior e no anterior ainda, um rectângulo vedado por muros de cal, o portão aberto à nossa espera com um crucifixo em cima, lousas e lousas sem nenhuma ordem nem datas nem relevos nem nomes no meio do capim, salgueiros que não cresciam, ciprestes secos, um plinto para as despedidas em que os gatos do mato dormiam, enfurecendo-se para nós a proibir-nos a entrada. O autêntico coração das casas eram as ervas sobre as campas ao fim da tarde ou no princípio da noite, dizendo palavras que eu entendia mal por medo de entender, não o vento, não as folhas, vozes que contavam uma história sem sentido de gente e bichos e assassínios e guerra como se segredassem se parar a nossa culpa, nos acusarem, refutando mentiras, que a minha família e a família antes da minha tinham chegado como salteadores e destruído África, o meu pai aconselhava.
- Não ouças".

António Lobo Antunes
, "O Esplendor de Portugal", 1997.
"A guerra que os escritores têm uns com os outros é uma coisa infinita. E era assim no tempo dos gregos. A coisa que mais delicia os escritores é não pensarem bem do vizinho"

Eduardo Lourenço 

Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego

"Muita chatice e pouca foda."

Maria Velho da Costa, sobre a definição de intelectual
"Ele não gosta muito de críticos, sobretudo dos intelectuais. Estamos os dois paradoxalmente de acordo, mas isto é masoquismo"
Eduardo Lourenço sobre António Lobo Antunes
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego

"Nós estamos aqui para falar de um vivo que és tu e de um menos vivo que sou eu."

Eduardo Lourenço sobre António Lobo Antunes
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego

"Embora nunca deixasse de ser um olhar apaixonado, nunca deixou de ser um olhar objectivo" ou, outra forma de dizer a mesma coisa, "um olhar cheio de amor mas impiedoso". E António volta ao território dos afectos. "A sua cabeça seduz-me muito. Não é feio, até parece um bocadinho o Salazar."

António Lobo Antunes sobre Eduardo Lourenço
Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego
"Tenho enorme respeito, muito amor" pelo Eduardo, "é a pessoa que melhor sabe ler o nosso país". "Ama de olhos abertos. Tenho pena de que ele não seja mulher."


Conversa entre Eduardo Lourenço e António Lobo Antunes, Casa das Histórias Paula Rego

domingo, 13 de janeiro de 2019

«reino nocturno»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 255
«À semelhança dos perdulários que, impelidos por uma nevrose de satisfações imediatas, uma quási epilepsia de ruína, dilapidam o património que herdaram de pais e avós, também nós temos atravessado momentos de prodigalidade, malbaratando às cegas os tesouros de sucessivas culturas acumulados em nós, desde remotas idades.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 254
«A civilização integra-se com quatro
elementos: 1.º normas de conducta;
- 2.º normas de emoção; - 3.º nor-
mas de crença; - 4.º tecnologias.»

«A Nova Reforma», por Whitehead
«A fome de felicidade, tão antiga como o mundo, transcende o próprio homem: faz-se tanto maior quanto mais crescemos em realizações.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 250

Bella Ciao




Mi son son alzato


O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
Una mattina mi son alzato
E ho trovato l'invasor
O partigiano, portami via
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
O partigiano, portami via
Ché mi sento di morir
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
Bella ciao, ciao, ciao
E se io muoio da partigiano
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E se io muoio da partigiano
Tu mi devi seppellir
E seppellire lassù in montagna
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
E seppellire lassù in montagna
Sotto l'ombra di un bel fior
O partigiano
Morir
Ciao, ciao
Morir
Bella ciao, ciao, ciao
O partigiano
O partigiano
de.so.pres.são

nome feminino
acto ou efeito de desoprimir ou desoprimir-se; alívio; desafogo

«Após um bem conquistado, outro desperta os nossos desejos.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 249
«A bondade humana não provém, em linha recta, do nosso berço, como queria Rosseau, pois que, ao contrário do que acontece com os animais, nós, sub especie societatis, carecemos de formar a consciência, a alma e a razão.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 249

- « Negar o direito ao homem o direito à felicidade é condená-lo a não realizar o seu destino, entendendo-se que essa palavra é, fora da ordem social, mera expressão verbal, um conceito sem sentido.» 

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 245
«Mas o homem é paixão, egoísmo, crueldade e vontade de domínio - garras que se vincam na sua alma secular, turvando-lhe as límpidas crenças e obrigando-a a servir a matéria, como um príncipe carregado de cadeias. Debalde os santos bradaram aos poderosos: »

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 244
   « A educação desportiva das novas gerações, a paixão da velocidade, as invenções e aplicações da ciência, a dissolução do quietismo (...)»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 242

''rompimento súbito das emperradas rotinas''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 242

''bois entorpecidos''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 242

''inextinguível febre de viver''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 241
«Os pessimistas tapam os olhos e murmuram:
- «Velha e desbotada teia de Penelope!»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 241
- « A nossa natureza compraz-se no movimento; o repouso total conduz à morte.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 239
«Que, sem a vontade, nós passamos à quietude das águas estagnadas.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 239
« - A nossa vontade nunca estará satisfeita, mesmo quando alcança tudo o que pretende, visto a plenitude brotar da renúncia à própria satisfação. Sem ela, não podemos julgar-nos insatisfeitos; com ela, chegamos ao contentamento.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 238
«Convençamo-nos disto: o homem arde na ânsia da verdade, embora tenha a sorte dos vagabundos que correm todas as estradas, à procura do lar que nunca encontraram. Eis a essência do seu drama - lutar contra o finito que se dissolve em flocos de incerteza e contra o infinito que lhe escapa em rajadas de treva. À primeira vista, o rigoroso papel que a sua consciência lhe devia de impôr seria o naufrago.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 236
«Porque estou eu encarcerado num corpo que mal conheço, com um espírito que me desatende?»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 236

'' a cadeia dos pulsos''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 238

« O Mundo como Vontade e Representação.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 235
« Com as longas invernias  que nos roubam o sol e soltam os ventos e apagam as luzes da cidade»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 234
« - Morreu como viveu - sem temor e sem piedade.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 232

''graça ribeirinha das pastoras''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 230

«, dá o sol muitas voltas ao nosso planeta »

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 229
«O desejo não tolera disciplinas nem jejuns, visto obedecer à sua lei de violência, ousando medir-se, pela revolta e pela impudência, com portais sagrados dos tempos.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 227
«Põe os olhos em mim e verás que já nos vimos em desejos e alucinações, antes de nos avistarmos face a face.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 225
«Quando a morte vier para mim, oferecer-lhe-ei, como prémio da minha vida, a história dos meus crimes.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 225

«O sangue andaluz que ardia nele pertencia a uma raça que, de experiência em experiência, chegara à conclusão de que Deus está em toda a parte, mas o homem, como Cain, não admite conselho nem tutela, podendo beijar o chão por humildade ou negar o céu por soberba.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 2234

Only You

We suffer everyday
What is it for
These crams of illusion
Are fooling us all
And now I am wearie
And I feel like I do
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
The size of our fight
It's just a dream
We've cruched everything
I can't see in this morning selfishly
How we fell
And I feel like I do
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
Now that we've chosen to take all we can
The shade of autumn will stare bitter end
Years of frustration laid down side by side
And It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart
It's only you
Who can tell me apart
And it's only you
Who can turn my wooden heart

''desejo pátrio de defender a independência''


Os Combates da Travanca. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 147

Nancy Pelosi

Primeira mulher eleita speaker . Activista norte-americana a favor das minorias sexuais, do direito ao aborto e dos imigrantes.

núcleo accumbens

Zona do cérebro associada ao prazer e à recompensa
«Por isso, para já, enquanto não puderes andar e sorrir, que os amigos andem e sorriam por vós, para que, a seu tempo, andeis e sorríeis vós também, de novo.»

Filomena Girão
« Sim, oxalá pudesse eu matá-la, a ela, à morte, da mesma maneira sorrateira, reles e vulgar. Fá-lo-ia, sem dó nem piedade, e, mesmo sabendo que talvez seja esta sede de vingança que me impede de chegar a Deus, não consigo escapar-lhe, estou tomada por ela.»

Filomena Girão
''Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes
vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré
vaza''

Sophia de Mello Breyner Andresen, ''Há Muito''

I Put a Spell on You

I put a spell on you
Because you're mine
You better stop the things you do
I tell ya I ain't lyin'
I ain't lyin'
You know I can't stand it
You're runnin' around
You know better daddy
I can't stand it 'cause you put me down
Oh no
I put a spell on you
Because you're mine
You know I love you
I love you
I love you
I love you anyhow
And I don't care if you don't want me
I'm yours right now
I put a spell on you
Because you're mine
You know I can't stand it
Your running around
You know baby daddy
I can't stand it
'Cause you put me down
Ooo I put a spell on you
Because you're mine
Because you're mine
Because you're mine
Oh yeah
Compositores: Jay Hawkins

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

«Éramos loucos e recuperámos a razão! Não mais te faremos sofrer!»

A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 143
«Brilhavam ainda no altar as velas que não haviam sido apagadas depois da missa.»

A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 142
«Parecia orar no íntimo do seu ser.»

A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 142

''ratos de sacristia''

A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 141

''copos sujos de vinho''

A Senhora das Angústias. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 141

«(...) Ele tinha suado sangue no Monte das Oliveiras!»


O Pretinho do Cruzeiro. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 139

«Era ela moça, segundo dizem, e já fazia mal com os olhos!»

A Velha de Bico. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 131
«E eu que gosto de um bocadinho de café! Vou ali à loja buscar umas pedrinhas de açúcar, e...réu catrapéu, ficou ali a falar sem parar...»

A Velha de Bico. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 131

«Arre bruxa, arre diabo!»

A Velha de Bico. Lendas do Vale do Minho.  Associação de Municípios do Vale do Minho, Caminha, 2002., p. 129

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

flébil


flé.bil
ˈflɛbiɫ
adjetivo de 2 géneros
chorosolacrimosoplangente
- « Oh branca flor dos laranjais, doce açucena criada em jardim conventual, vem às minhas mãos que te hão-de envolver a cintura com tal império que tu soltarás um flébil gemido que ninguém ouvirá, senão eu.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 223

«Dante procurou, no Inferno, a tragédia humana.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 219
«Os poderosos de ontem são hoje mendigos e muitos servos tornaram-se senhores.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 219

« O sublime atrai-nos e subjuga-nos.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 215
« Na história das literaturas dramáticas, a tragédia desabrocha da angústia tão necessariamente que, se o seu rouco estertor se não produzisse, observar-se-ia fenómeno idêntico ao da mãe que traz um filho no ventre e não consegue ofertá-lo à vida, sem operação de alta cirurgia.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 215
«Sociedade que consegue destruir o tema trágico, situando-se num recanto onde não há sobressaltos nem apetites, decreta para si própria o estado de cadáver.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 214
« O conflito da fatalidade com a liberdade engendrou-se na filosofia germânica. O ser ou não ser, filho do pessimismo bíblico, desprendeu-se do monólogo enfermo de Hamlet.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 214