domingo, 17 de janeiro de 2016
«O LUTO o percurso do luto é parecido ao exílio, arranca-nos do outro, arranca-nos uma parte de nós próprios. É uma viagem que iniciamos para conseguirmos desligar-nos do outro, guardando-o ao mesmo tempo no nosso interior, assim como um exilado tenta guardar nele uma ligação com as suas raízes.
Através desta história, a realizadora quis abordar a forma como se reage à morte e como a tristeza pode encontrar refúgio na imaginação. Quando nos acontecem coisas horríveis, sabemos que temos de viver com a nossa dor. Mas pode-se igualmente transformá-la numa fonte de inspiração criadora.
Baseado no livro Our Father Who Art in the Tree, de Judy Pascoe, dirigido por Julie Bertucelli.
A Árvore é um filme sensível, delicado, extremamente emotivo.
Respeitando o ritmo da dor, a narrativa é ao mesmo tempo segura e envolvente, sem deixar de lado seu cerne emocional.»
Ver vídeo aqui:
https://www.facebook.com/1686583688220406/videos/1700437583501683/?theater
Através desta história, a realizadora quis abordar a forma como se reage à morte e como a tristeza pode encontrar refúgio na imaginação. Quando nos acontecem coisas horríveis, sabemos que temos de viver com a nossa dor. Mas pode-se igualmente transformá-la numa fonte de inspiração criadora.
Baseado no livro Our Father Who Art in the Tree, de Judy Pascoe, dirigido por Julie Bertucelli.
A Árvore é um filme sensível, delicado, extremamente emotivo.
Respeitando o ritmo da dor, a narrativa é ao mesmo tempo segura e envolvente, sem deixar de lado seu cerne emocional.»
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sábado, 16 de janeiro de 2016
“Sempre me vi como uma pessoa forte, capaz de manter uma calma pelo menos aparente e com ar seguro quando tinha de enfrentar situações difíceis. Mas agora que estava a caminho de me encontrar com o homem mais poderoso do Leste, um homem com fama de ser espectacular e assustador ao mesmo tempo, os meus nervos não estavam tão controlados como eu gostaria.”
Ashraf Pahlavi
Ashraf Pahlavi
quarta-feira, 13 de janeiro de 2016
«Um melro, de asas ainda cobertas de orvalho, pôs-se a meio do caminho, olhando-nos. Não demonstrou medo, não fugiu. Parecia que não era um melro mas um espírito benevolente que nos reconhecia.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 191
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« - Por que razão não falamos? - perguntei para romper o silêncio que começava a pesar-me.
- Falamos, sim - respondeu, tocando-me no ombro levemente -, falamos, mas na língua dos anjos, o silêncio.
E, bruscamente, como se tivesse sido invadido pela cólera:
-Que queres tu que a gente diga? Que isto é belo, que o nosso coração tem asas e quer fugir, que tomámos o caminho que conduz ao Paraíso? Palavras, palavras! Cala-te.
Dois melros fugiram de uma nogueira, os ramos molhados agitaram-se e as gotas de chuva salpicaram-nos o rosto.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 187
«Deste modo, todas as noites, desde o chá até à hora do jantar, passei a ler aos meus patrões a «Folha de Moscovo»: romances de Vachkov, de Rokchanine, de Roudnikovski e toda a espécie de literatura própria para ajudar a fazer a digestão das pessoas que se aborrecem até morrer.
Não gostava nada de ler em voz alta, isso impedia-me de compreender o que lia, mas os patrões escutavam com toda a atenção, quase com uma espécie de avidez cheia de veneração; soltavam alguns «ah» de espanto pelos crimes dos heróis e comentavam entre si, com certa firmeza:
- Ainda bem que vivemos sem fazer ondas, aqui, em paz; não sabemos nada, o Senhor seja louvado!»
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 230
''comilona de alfarrábios''
Maximo Gorki. Ganhando o meu pão. Obras completas. Editorial Início. 1970., p. 221
«Dai-me a liberdade ou antes a morte»
Mark Twain. As Aventuras de Tom Sawyer. Círculo de Leitores., p. 171
«Apenas na arte a verdade pode permanecer ao longo dos tempos porque se baseia na contemplação pura do mundo, alicerçada no essencial e permanente de todos os fenómeno e por isso na arte não acontece a felicidade, porque esta é insustentável e inconstante. A arte comunica um conhecimento puro das ideias, elegendo do mundo fugidio dos fenómenos um objecto particular, congelando-o no tempo, como um representante do todo.»
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 20
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 20
«O Belo é mais intenso quando emana de tudo, diante de uns olhos que suspenderam as suas lágrimas, o espírito melancólico é também mais pensativo e mais atento aos ínfimos pormenores, depois da onda de desespero.»
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 16
''mantendo a alma livre de uma ilusão, sem nos deixarmos colher por emoções descontroladas''
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 13
''Se o Homem aceitasse a dor como inevitável e percebesse que as dores mais agudas apagam as mais suaves e estas só são sentidas porque não existem outras que lhe causem maior sofrimento, tal reduziria a importância enorme que dá à tentativa de extinção da dor. Poderia assim perceber que a dor que tem presentemente ocupa o lugar de outra, que ali poderia vir colocar-se se a primeira desaparecesse. Uma dor por pequena que seja, torna-se dominante se não existir uma maior.''
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 12
''o prazer e a dor são afecções imediatas do querer''
''Assim, o conhecimento que tenho da vontade está relacionado com o conhecimento que tenho do corpo e eu sou vontade. Perante estes pressupostos, a necessidade, quer seja interior ou exterior, pode ser uma fonte de mágoa se não for satisfeita. Para Schopenhauer, o melhor modo de lidar com esta falta é o ser humano conformar-se com a dor, ver a sua condição como destino e não manter a esperança nas suas expectativas, sendo o fatalismo uma forma de consolo. De certa forma, e a partir desta ideia do autor, podemos acrescentar que se virmos nobreza nos nossos padecimentos, se formos capazes de lhes dedicar um infortúnio que nos é superior, o sofrimento ganha uma dignidade consoladora.''
Magda Andreia Delgado Fernandes in O Belo como Consolação – a Ilusão perante a dor, 2011., p 10
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não se atribui ao artista a função de gritar sofrimento ou de silenciá-lo, mas apenas de apresentá-lo, segundo a concepção de Franz Rosenzweig.
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"Os gostos e os desgostos
levam ao poema
como podem levar
ao precipício
o poema fala do precipício
lá haverá choro
e ranger de dentes
e não haverá Kleenex
nem o Dr. Abílio Loff
o meu querido dentista
o poema fala do precipício
evitado a tempo
o mau poema não mata
(mais vale burro vivo
que sábio morto)"
levam ao poema
como podem levar
ao precipício
o poema fala do precipício
lá haverá choro
e ranger de dentes
e não haverá Kleenex
nem o Dr. Abílio Loff
o meu querido dentista
o poema fala do precipício
evitado a tempo
o mau poema não mata
(mais vale burro vivo
que sábio morto)"
-"Caras Baratas: Antologia"
- Adília Lopes
- Adília Lopes
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
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