segunda-feira, 30 de abril de 2018

Amber Witcomb photographed by Julia Hetta for Luncheon Magazine


I'm Mad Again
The Animals
I had a friend one time, at least I thought he was my friend
For he came to me, said "I ain't got no place to go"
I said "take it easy man, you can come home to my house,
I'll get you a pillow where you can rest your head"
Took him home with me, let him in my house,
Let him drive my Cadillac that I could not afford
When I found out he'd been messin' around with my baby
You know I'm mad like Al Capone (I'm burnin' up)
I said I'm mad (I'm burnin' up)
Like Sonny Liston yeah (I'm burnin' up)
You know baby I'm mad (I'm burnin' up)
Like Cassius Clay (I'm burnin' up)
You know I'm mad (I'm burnin' up) you know I'm mad
Yeah baby, alright baby (I'm burnin' up)
I'm mad, come on (I'm burnin' up)
Took him home with me, introduced him to my baby,
He began to talk to her, made her think the moon was blue
You know I think I ought to tell you daddy
I'm mad, I said I'm mad with you
I don't know what I'm gonna do to you
I might drown you, I might shoot you
I just don't know because I'm mad
I said I'm mad (I'm burnin' up)
You know I'm mad (I'm burnin' up)
I don't have to tell you I'm mad (I'm burnin' up)
I'm mad with you yeah (I'm burnin' up)
I said I'm mad (I'm burnin' up)
Yeah yeah yeah (I'm burnin' up)
I said I'm mad (I'm burnin' up)
You know I'm mad, oh baby I'm mad
Oh I said I'm mad, you know I'm mad, oh baby I'm mad
Compositores: John Lee Hooker

quarta-feira, 25 de abril de 2018

A Impossibilidade Poética de Conter o Infinito

Artista plástico português Edgar Martins

''Silóquios e Solilóquios sobre a Morte, a Vida e outros Interlúdios''

Artista plástico português Edgar Martins




Este par
te, aquele par
te

e to
dos, to
dos se
vão

Gali
za fi
cas sem ho
mens

que po
ssam co
rtar teu pão


Tens em troca
órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai
Coração
que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará

Letra: Rosália de Castro

sábado, 21 de abril de 2018

''O Som que os Versos Fazem ao Abrir''



«Há várias maneiras de conceber o mundo: as crianças sonham-no, os velhos amarguram-no, os optimistas  poetisam-no, os pessimistas degradam-no. Onde está a verdade?»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 59
«- Feliz de quem, depois de perder tudo reconhece que lhe resta ainda um pensamento para se guiar e um princípio para se defender.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 56

''o cair das ilusões''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 56
«(...) matando ou deixando-se matar, Freud encontrou campo aberto para as suas descobertas.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 53

impressionável

Brenda Holloway, Every Little Bit Hurts





Every little bit hurts
Every little bit hurts
Every night I cry
Every night I die
Every night I wonder why
You treat me cold
Yet you won't let me go
Every little hurt does
Every little hurt does
To you I am a toy
And you're the girl
Who has the say
Why I should play 
Yeah you hurt me
Desert me I just can't take
The loneliness you give me
I just can't go
Another night this way
Come back to me
Darlin' you'll see
I can give you all the things
You wanted me for
If you will stay with me
Every little bit hurts
Every little bit hurts
Every night I cry
Every night I die
Every night I wonder why
You treat me cold
Yet you won't let me go
Come back to me
Darlin' you'll see
I can give you all the things
That you wanted me for
If you will stay with me
Every little bit hurts
Every little bit hurts
Every little bit hurts
Compositores: Ed Cobb
Letras de Every Little Bit Hurts 

quinta-feira, 19 de abril de 2018


malquistar


tornar malquistoindisporinimizar
verbo pronominal
zangar-se


''O espírito não se vende nem se aluga, por não existir medida nem cálculo que o avalie.''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 45

roseamente

«Não é a Cruz que te pesa, mas sim os teus vícios que te pesam.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 43

''Hipótese inverificada''


«Morrer é acabar: o fim depois do princípio, a saída depois da entrada, o nada após o ser.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 38

«Como retirar à vida o que ela roubou à morte?»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 38
«Mas é, porém, com a angústia, com as feridas gravadas no coração pelo inútil esforço das suas pulsações, que nós divisamos o ocaso - lá no fim da descrença e do tédio.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 36

''Deus e o diabo, a substância, a identidade, a eternidade.''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31







sábado, 14 de abril de 2018

«O passado diz: - Ainda não morri completamente!
   Principiam as ressurreições


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 35

hegemonia

he.ge.mo.ni.a
eʒəmuˈniɐ
nome feminino
1.
supremacia de uma cidade, povo ou nação sobre outras cidades, povos ou nações
2.
figurado supremacia
«Encarregou-se de comercializar a contemplação (...)»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31

''sob o estendal das ossadas''

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 31

sexta-feira, 13 de abril de 2018


«Nós dispomos duma porção de espaço e de tempo para preenchermos com os nossos actos e podendo ser com os nossos feitos. Se nos resignarmos ao egoísmo e à inércia, o pó das estradas não acusará vestígios das nossas ambições.
    Teremos o triste destino de viajante que se prepara diariamente para desvendar o segredo dos países ignorados, sem ter a coragem bastante para desatar-se da sua timidez, arriscando aos elementos a sua precária tranquilidade.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 25

cenóbita

«Assim que, ofendido, volta as costas aos que vão traindo a sua Palavra - a Dúvida, com os olhos doídos e ensombrados, pergunta:

- Porque me fugiste, visão divina, deixando-me entregue a mágoas que não se curam?»
   O Homem isolado é uma abstracção, um fantasma, a lutar com o nada.

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23/4

«Aos nossos gritos, responde a solidão. Às nossas súplicas, a fria neve.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23

«(...) o imenso mar onde cada onda tem uma história e cada história um enigma.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 23

''ardor creacionista''


«O mundo é inesgotável: o importante não consiste em abraçá-lo todo, o que seria vão e absurdo, mas em extrair dele alguns sumos delicados, (...)»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 22

«Quantos enganos lhe armaste, (...)»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 16
« - Conhecesses tu o que é ser homem - incerto, trémulo e desvairado, por vezes, mas renascente de cada golpe e de cada amargura, como astro que transcende a escuridão  - e logo compreenderias que vale mais uma mansarda que a corte de Neptuno.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 15/6

« - Por todas as paragens, fui teu hóspede: cantei, chorei e amei, segundo o meu coração e nunca a sabor dos teus caprichos.»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 15

quinta-feira, 12 de abril de 2018


Do we Know what we are seeing?

''âncoras clínicas''

sedentarismo emocional

''Noivo de sangue''

''Vai, volta ao Egipto, porque todos os homens que estavam à caça da tua alma estão mortos.''

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 81
«(..) sua mãe estava atacada de lepra semelhante à neve.»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 81

«(...) encurvará seu ombro para levar fardos »


Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 75

Progênie

''Por que devíamos morrer diante os teus olhos, (...)»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 72

''Quantos são os dias dos anos da tua vida?''

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 72

«Por que retribuístes o bem com o mal?»

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução da Versão Inglesa de 1984 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego - Revisão de 1986 - ., p. 67

''Foi a Pessoa que Adoeceu ou a Doença que se Pessoalizou?''

Fernando Bolina

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Estro

nome masculino

1.entusiasmo artístico; veia poética; riqueza de imaginação
2.época do cio
3.ZOOLOGIA gusano

«Contemplo a tua negra cólera e adivinho, na pobreza do te estro, a desgraça de não teres um pensamento que te faça igual a mim.»


Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 14/5

procela

pro.ce.la
pruˈsɛlɐ
nome feminino
1.
tempestade no martormentatemporal
2.
figurado grande agitaçãoexaltação de espírito
«Majestoso Oceano, vela errante das minhas esperanças - cada vaga com o seu mistério e cada quadrante com a sua barragem de nuvens - tu sabes como eu sou frágil e inquieto!»

Joaquim Manso. Pedras para a Construção dum Mundo. Livraria Bertrand, Lisboa., p. 13

segunda-feira, 9 de abril de 2018


A RAPARIGA

Falsas são as palavras que escrevo,
Que de verdade só têm o significado em si mesmo,
Aquele que não diz coisa alguma.

Assim passo os dias e as noites,
A inventar o tempo nesta altitude desmarcada.

Da janela do meu quarto ouço a vida a passar,
Barulhenta e impaciente, para chegar não sei onde,
Sempre a esta hora, às mesmas cores que vestem
o céu.

Aqui do alto só assomo telhados
Enquanto a vida, sei, corre lá em baixo
Mas nunca corri com ela.

Apenas a janela me dá alguma luz
Não durmo, nunca durmo,
Não por causa do brilho do dia ou da noite,
Porque não me canso de imaginar para além desta claridade.

Por isso finjo que sou escritora e poeta
E me contento a desenhar letra a letra
Sem narrar estória alguma.

Do nascer do sol ao lusco-fusco,
 E à noite, sempre que a lua é generosa,
 Verso coisa nenhuma sem certeza do que busco.


Susana Manteigas Sócia da ADEB nº 4190

"Mademoiselle Mabry (Miss Mabry)"

Miles Davis

terça-feira, 3 de abril de 2018

Futilidade Terapêutica

(Mestre Paulo Reis Pina)

Love Interruption


I want love to: roll me over slowly,
Stick a knife inside me, and twist it all around.
I want love to: grab my fingers gently,
Slam them in a doorway, Put my face into the ground.
I want love to: murder my own mother,
Take her off to somewhere, like hell, or up above.
And I want love to: change my friends to enemies,
Change my friends to enemies, and show me how it's all my fault.

And I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me, anymore.

I want love to: walk right up and bite me,
Grab a hold of me and fight me, leave me dying on the ground.
I want love to: split my mouth wide open,
And cover up my ears and never let me hear a sound
I want love to: forget that you offended me,
Or how you have defended me when everybody tore me down
Yeah and I want love to: change my friends to enemies,
Change my friends to enemies, and show me how it's all my fault.

Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me
Yeah I won't let love disrupt, corrupt or interrupt me, anymore.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

sábado, 31 de março de 2018


« a imprevisível presença de Deus em todas as coisas.»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Só em algumas tardes acontece
que Deus é evidente.»

Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Não te afastes de mim, vem cada dia
tornar-me triste, tornar-me homem, filho teu.»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 437

«Solitária te vejo,
insone, submissamente orgulhosa,
quase infinita, menina quase
alheia à impaciência
com que os séculos descansam sem frenesim em teu vulto.»

Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 436

«Dá-me a morte, oh Deus, dá-me o teu Nada,»


Vicente Gaos. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 434

(...)

«Olhar-te-ei outra vez com olhar de homem
e sentado a teu lado voltarei a estar triste
porque não se abrem em nós ditosamente as rosas que dormem a sonhar
                                                                                                                           [com beijos,»

Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 430

Rui Gomes e Isabel Ruth em Os Verdes Anos, de Paulo Rocha.














SESTA


Sangue de um deus resplandece nos lábios que cantam.
Um grito roxo de violeta endurece as pernas
dos que pisam asas cativas na terra abrasada.
Pedra e céu confundem sua deslumbrante pulsação
no duplo furor desta hora de Pã. A alma,
luminoso pólen do corpo floral, estala.
A formosura espera que alguém rendido a adore.
A música demora no sangue seus rios harmoniosos.
De sol em sol, de céu em céu, precipita-se soberba
a nebulosa potência do animal no cio.
Eternidade fulgurante cintila no instante nu.
A terra entreabre seus lábios nos vales escondidos.
As coxas da água abrem-se em rochas enamoradas
e sua lascívia espalha escândalo de reflexos e espumas.
Aguda fragrância de virgem plana aérea
sobre o ouro ondulante dos gramíneos prados.
Oh sedução dispersa pela solidão acesa!
O fauno vagabundo que suspira pelo vento
com viril ofego aviva o fogo azul
que o céu esparge, seminal, sobre o mundo.
Ditosa angústia faz ranger furiosos, tensos,
rígidos seres percorridos por sagrada energia.
Os irritados deuses da carne erguem-se, gloriosos,
e tudo subjugam à sua solar potência meridiana.



Ricardo Molina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 429
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