segunda-feira, 1 de janeiro de 2018


«Está tão triste tudo o que viveste:»


Juan José Domenchina. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 199

primícias


pri.mí.ci.as
priˈmisjɐʃ
nome feminino plural
1.
primeiros frutos da terra em cada ciclo vegetativo
2.
primeiros produtos de um rebanho
3.
figurado primeiras produções
4.
figurado primeiros efeitos
5.
figurado primeiras vantagens
6.
figurado começos

Las interrogaciones del silencio (1918)

Juan José Domenchina

«És minha. Mas outro
aparentemente é teu dono.»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 187

«(...); olha a minha lágrima
a beijar-te;»



Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 187

(...)

«Assim solucei sobre o mundo,
Que luz lívida, que espectral vazio vigilante,
que ausência de Deus sobre a minha cabeça derrubada
vigiava sem limites meu corpo convulso?
Oh mãe, mãe, só em teus braços sinto
minha miséria! Só em teu seio martirizado por meu pranto
rendo o meu vulto, só em ti me destruo.»



Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 186

«Um vazio de Deus senti na minha carne,»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 186

«Quero o amor ou a morte, quero morrer por completo,»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 182

«Tudo o que está suficientemente visto
não pode surpreender ninguém.»


Vicente Aleixandre. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 180

sábado, 30 de dezembro de 2017

‘’ teu invisível, imbeijável,
Inabraçável filho. ‘’


Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 177

‘’ as facas que doem no céu da boca’’

Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 174

Sucessiva

«Deixa-me acariciar-te lentamente,
deixa-me lentamente comprovar-te,
ver que és de verdade, um continuar-te
de ti mesma a ti mesma extensamente.»  


Gerardo Diego. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 171/2


«A guitarra é um poço
com vento em vez de água» 



Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 168

«Onde há um morto há um remorso.»


Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 162
«(…)
E agora à minha beira o mundo principia a despir-se

para morrer de árvores ao fundo dos meus olhos»   


Juan Larrea. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 159

Oscuro domínio (1934)

 Juan Larrea

«A criação é uma destruição.»


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 155

COMO TU, LEITOR



«O homem cansa-se de ser coisa, a coisa que serve sabendo-se coisa, coisa de silêncio em sua potência de impulso irado. A hombridade do homem, de muitos homens cansa-se atrozmente.»


(…)


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 152

‘’A morrer está a rosa.’’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 152

‘’Aceitaram o mal sem resistência. ‘’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 150

‘’A angústia insustentável’’


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 144

«Tudo no ar é pássaro.»


Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 139
«Perdeu-se aquele tempo
Que eu já perdi? A mão
Dispõe, ligeiro adeus,
Desta lua sem ano.»


 Jorge Guillén. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 138

‘’A la altura de las circunstancias (1963)

Jorge Guillén

‘’margens do fracasso’’


rosal

«Não é ao chegar nem no encontro
que  o amor  tem o seu cume:
é na resistência a separar-se
que ele se sente,
nu, altíssimo, a tremer.»  

Pedro Salinas. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 129
«Serás, amor,
Um longo adeus que não acaba?


Pedro Salinas. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 129

«Onde os pensamentos suicidam?»

José Moreno Villa. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 119
«Sabem a rosa as laranjas
e as rosas ao corpo humano?»

  

José Moreno Villa. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 117

O SALTO


Somos como um cavalo sem memória,
somos como um cavalo
que já não se lembra já
da última vala que saltou.

Vimos correndo e correndo
por uma longa pista de séculos e obstáculos.
De quando em quando, a morte...
                                                                  o salto!

e ninguém sabe quantas
vezes já saltamos
para chegar aqui, nem quantas ainda saltaremos
para chegar a Deus que está sentado
no final da corrida...
à nossa espera.

Choramos e corremos,
caímos e giramos,
vamos de tombo em tumba,
dando pulos e voltas entre cueiros e mortalhas.


León Felipe. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 113

«Oh, esta dor,
esta dor de já não ter lágrimas;»



León Felipe. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 110

A TRANSPARÊNCIA, DEUS, A TRANSPARÊNCIA

«Eu não nasci nem hei-de morrer. Nem antes
Nem depois eu era nada, nem seria

nada senão em ti.»


Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 95

Iam morrendo as estrelas,

Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 89
«O Campo débil e triste
Acendia-se. Ficava
O canto gasto de um grilo,

a queixa escura de uma água.»



Juan Ramón Jiménez. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim, Lisboa, 1985., p. 89

domingo, 17 de dezembro de 2017

«No caminho para deus viu-se obrigado
a parar muitas vezes.»

João Miguel Fernandes Jorge. Antologia Poética  1971-1994, Editorial Presença, Lisboa, 1995

sábado, 16 de dezembro de 2017



« - Diz-me: virás comigo a ver a alma?
Chegou-me ao coração uma carícia.»


Antonio MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 71

«...O limoal florido»


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 70

''tarde sem flores''


Antonio MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 68

''(...) a sede não se apaga''


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 65


«Estou doente de ti;
da cura não tenho esperança: »



Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 65

«Cala-se e chora sem um só gemido...»


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 62

«O cego sol faz-se estilhaços»


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 61
«A vontade morreu-me uma noite de lua
em que era muito belo não pensar nem querer...
De quando em quando um beijo, sem ilusão nenhuma,
(...)»


Manuel MachadoAntologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 61

'' flor que nasce em terras ignoradas''

Manuel Machado. Antologia da Poesia Espanhola Contemporânea. Selecção e Tradução de José Bento. Assírio&Alvim., p. 60

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017




«Faço-vos saber, conde, que as iras de uma mulher são como cavalos de França, enormes no primeiro ímpeto mas, no segundo, cansam-se e com o tempo amansam.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 288

«Fica, fogo, a arder em neve fria.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 285

''rainha viúva''


«(...) os males alheios concorrem para aliviar os próprios.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 268

''copiosas lágrimas''

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017


«Mulher e calar são coisas incompatíveis.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 252

« MADALENA  - Com razão se chama ao amor enfermidade e loucura, pois sempre quem ama procura, como o enfermo, o pior.»

Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 251

«Mata-me ou deixa-me realizar os meus desejos.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 248

«Quero voar, mas quanto mais o tento, mais me prendo.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 243

«O amor covarde rebenta por sair da boca.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 241

« O voo de uma familiaridade consegue mil impossíveis.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 240

domingo, 10 de dezembro de 2017

«(...) um homem entrou-me na alma pelos olhos dentro, de maneira inesperada.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 235

«(...) Que castelos de cartas construís no ar? Como andais tão descomposta, louca imaginação? Por causa tão insignificante quereis expor as minhas doideiras à opinião das bocas e à censura das línguas?»



Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 235

«DUQUE - Quem és?

MIRENO - Não sou, serei. Foi só por pretender ser mais do que há em mim que desprezei o que era pelo que tenho de ser.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 230

«(...) por luxo quero apenas a minha roupa. Choro os redemoinhos da vida.»

Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 223

«Creio que há em ti alguma nobreza.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 219


«LARISO - Sois homem de bons miolos se fizerdes um pelourinho na povoação.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 218

''dormir na obscuridade''

''uma rapariga liberal''

ciumezinhos



«TARSO - Podeis chorar um dilúvio de lágrimas. O vosso cabelo é ruivo e nos cabelos ruivos ninguém pode acreditar. Sei quanto sois finória.  Mas, por Deus, não sereis capaz de me enganar, mesmo que vos veja chorar o tutano e a urina!»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 209

«Andava eu cego para trazer comigo a ilusão.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 208

''musas de aluguer''


«Dando dieta aos meus ciúmes, fiquei bom pouco a pouco. Já não sou tolo, Melissa, porque já não sou poeta.»


Tirso de Molina.  O Tímido no Palácio . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 207/8

Pupilas Responsivas

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

''O Tímido no Palácio''



«(...) Dais-me a vossa mão?

D. ESTEFÂNIA - Vós a tomásteis já.

D. JERÓNIMA - Como esposo?

D. ESTEFÂNIA - Não sei.

D. JERÓNIMA - Insisto nisso ou aborreço-me. Como esposo? Dizei.

D. ESTEFÂNIA - Sim.

D. JERÓNIMA - Sim? Então, beijo-a. (Beija-lhe a mão.)



Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 187

juro-vo-lo!

«Ao médico e ao confessor deve dizer-se toda a verdade.»



Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 180
«Senhora, mesmo que isso vos aborreça, a língua e os olhos mentem, mas os pulsos não.»

Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 180

«Amei tão rapidamente que julgo impossível ser o amor o que me incendeia.»

Tirso de Molina.  o amor médico . Tradução de Orlando Neves. Livraria Civilização - Editora, Porto. 1967., p. 164
Powered By Blogger