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sábado, 30 de julho de 2011

Cheio de um mau pressentimento

« Cheio de um mau pressentimento, chamou as mãos. Elas vieram, todas sujas de barro, quentes e trémulas. 'Onde está o homem?', gritou-lhes. Então a direita culpou a esquerda: 'Tu é que o deixaste cair!' 'Ora', disse a esquerda irritada, ' quiseste ser tu sozinha a fazer tudo, não me deixaste intervir'. 'Tu devias era tê-lo segurado!' E a direita levantou-se. Mas depois caiu em si, e ambas as mãos disseram, superando-se: 'O homem estava tão impaciente! Queria era viver. Não conseguimos fazer nada dele e, naturalmente, estamos inocentes.'»


Rainer Maria Rilke. Histórias do Bom Deus. Trad. Sandra Filipe. Edições Quasi, 1ª edição, 2008., p. 14
«Tinha diante de Si os olhos dos Anjos que lhe serviam de espelho e neles media as suas próprias feições, e criou lenta e cuidadosamente, numa esfera que tinha no colo, o primeiro rosto



Rainer Maria Rilke. Histórias do Bom Deus. Trad. Sandra Filipe. Edições Quasi, 1ª edição, 2008.
Minha amiga,


Um dia depositei este livro nas suas mãos, e a senhora
prezou-o como ninguém antes o prezara.
A costumei-me assim a pensar que ele lhe pertencia.
Permita-me então que eu escreva o seu nome, não só
no seu exemplar mas em todos os exemplares desta
nova edição; que eu escreva:
«As histórias do Bom Deus pertencem a Ellen Key»


                                                      Rainer Maria Rilke
                                                          Roma, Abril 1904



Rainer Maria Rilke. Histórias do Bom Deus. Trad. Sandra Filipe. Edições Quasi, 1ª edição, 2008.
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