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domingo, 2 de outubro de 2016

«já os teus braços arroxeavam de prisão
já não havia deuses, nem batuques
para alegrarem a cadência do sangue nas tuas veias 

(...)»

Francisco José Tenreiro in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 454

''os teus olhos de dor embaciados''


Francisco José Tenreiro in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 454

«Meu amor. Minha solidão crescente.»

Jorge Viegas in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 421

«O teu corpo tem a luminosidade
duma concha molhada, quando emerges
da brancura das ondas que espumejam.»

Jorge Viegas in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 421
« é ainda o sangue
         que murmura nas ondas.»


Sérgio Vieira in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 411

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Poema do beber no antigamente


dobro a esquina da memória
a mais próxima dos amigos de então

e ali fico
sob a luz que no poste
me derrama em mil sombras
que uma a uma reconheço

o que fui        o que sou
o que um dia quiseram que eu fosse
                                                     mas não fui
o que nunca por nada serei
o que tudo fizeram por não ser
                                                    mas fui
o que a esquina da memória dobrou
e no poste     sob a luz                 se inspirou

sou eu       não sou
na dialéctica da vida
fui aquele que nunca foi
sou aquele que sempre será

assim
a beber no antigamente
ficou-me a sede
do eternamente    


(1974)
Silêncio escancarado, 1982


Rui Nogar in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 391

''lixeiras do capitalismo''


Rui Nogar in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 390

''preços dos vivos escravizados''


Rui Nogar in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 390
« as balas doem

doem»


Rui Nogar in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 

A luta é a minha primavera


Vasco Cabral in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 391
«Eu sei o teu nome, eu sei o teu nome
este vício secreto e interior»

Vasco Cabral in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 391

domingo, 25 de setembro de 2016

''pássaros de metal''


Jorge Viegas  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 417

'' não obrigues a palavra''


Rui Knopfli  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 381
«Não te arrependas de nada.
Um verso está sempre certo
mesmo quando errado. A verdade
também, mesmo quando dói

ou fere ou parece inoportuna.
A verdade nunca é inoportuna.»

(...)

Rui Knopfli  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 381

«Não te arrependas de nada.
Um verso está sempre certo
mesmo quando errado. A verdade
também, mesmo quando dói

ou fere ou aparece inoportuna.
A verdade nunca é inoportuna.»

(...)

Rui Knopfli  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 381

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

«teus desvanecidos traços tento definir
pois de ti só possuo, intensamente, a imagem
de um lenço branco, acenando no cais.»

Fonseca Amaral  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 367

«os estilhaços de vidro na memória»

Fonseca Amaral  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 363

''luares de suor''



Fonseca Amaral  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 361

«Para ti, meu navio de cabelos brancos, velho colono do mar,
vieram o cansaço, o caruncho a roer-te o casaco e as articulações,
o catarro roubando-te a galhardia aos silvos
que faziam saltar, bater as palmas
às gentes daqui até Mocímba.»

Fonseca Amaral  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 360

« a fumar com o lume dentro da boca »


Fonseca Amaral  in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 360
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