Mostrar mensagens com a etiqueta escritora norte-americana. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta escritora norte-americana. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 6 de agosto de 2013

«Porque será que sempre que ouço música penso que sou uma mulher casada?»


Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 47
«O peito em que batemos quando estamos alegres não é o mesmo em que batemos quando estamos tristes;»



Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 46

o tempo de interiorização


«; tal como o corsage de uma mulher se torna subitamente marcial e doloroso com a rosa lançada entre as flores mais decorosas pela mão de um amante que sente como uma violência o facto da permissão que lhe é dada para um último abraço coincidir com a necessidade de sair, transformando num evanescente, num infinitesimal sinal o que um momento antes era um peito exuberante e luminoso, retirando-lhe o tempo de interiorização (porque um amante conhece dois tempos, o que é dado e aquele que tem de elaborar) - assim também Félix ficou surpreendido ao descobrir que as mais comoventes flores depositadas no altar que tinha erigido à sua imaginação ali haviam sido colocadas por gente de duvidosa reputação e que a mais vermelha de todas devia ser a rosa do doutor.»


Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 44/5
«É o que lhe digo, minha senhora, se alguém fizesse nascer um coração num prato ele diria «Amor» e agitar-se-ia como uma pata de rã cortada.»


Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 40
«-Vocês discutem demasiado facilmente sobre a dor e a confusão, disse Nora.
  -Espere! Respondeu o doutor. A dor de um homem corre com dificuldade, é verdade que lhe é difícil suportá-la, mas é igualmente difícil guardá-la. No que me diz respeito, enquanto médico, sei em que bolso um homem guarda o coração e a alma, e qual é a sacudidela do fígado, dos rins e dos testículos que faz com que esses bolsos sejam visitados. Só existem confusões; a esse respeito dou-lhe toda a razão. Nora, minha filha, confusões e inquietações vencidas - é isso que nos forma a todos e a cada um. Quando se é um gimnosofista é possível passar sem roupas e se tivermos as pernas em alamar sentimos mais vento entre os joelhos do que qualquer outra pessoa; e isso ainda é confusão; a via escolhida por Deus, vai ter a um muro.»



Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 35

sábado, 3 de agosto de 2013

«Não sou nem um malabarista, nem um frade, nem sequer uma Salomé do século XIII dançando de rabo para o ar sobre um par de lâminas de toledo - experimente fazer isso hoje a uma rapariga com desgosto de amor, macho ou fêmea!»



Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p. 32
«Apoiava, por detrás das costas, as mãos contra a mesa. Parecia constrangida.
     -Dizem realmente o que pensam, um e outro, ou estão apenas a manter a conversa?
      Depois de falar, o rosto enrubesceu e (...)»



Djuna Barnes. O Bosque da Noite. Tradução de Paula Castro e Manuel Alberto. Relógio D'Água Editores, Lisboa, p.
Powered By Blogger